Estudo das regiões heterocromáticas ricas em GC e aplicação da enzima de restriçao AluI em duas espécies de Astyanax (Pisces,Characidae) pertencentes ao primeiro planalto do Rio Iguaçu (PR)
Resumo
Resumo : A família eharacidae representa o maior grupo de peixes de água doce da América do Sul. O gênero Astyanax, pertencente a referida família, representa um táxon bem complexo, com numerosas formas, muitas delas bastante similares. Dados cariotípicos também mostram um alto grau de complexidade em algumas espécies deste gênero. Foram analisados duas populações de Astyanax sp. e provenientes do Alto Rio Iguaçu. Os indivíduos das duas populações são similares com relação ao número cromossômico (2n=50) e à coloração convencional (2 pares de metacêntricos, 13 de submetacêntricos, 4 de subtelocêntricos e 8 de acrocêntricos), entretanto são evidenciadas diferenças entre os padrões de RON, Banda e, eMA3 e de AluI entre as populações. A outra espécie estudada foi Astyanax sp. D, sendo que os indivíduos analisados apresentaram um número diplóide modal de 50 cromossomos. Dentre os animais estudados, um indivíduo apresentou 75 cromossomos (triplóide). O cariótipo destes animais apresentou 2 pares de cromossomos metacêntricos, 12 de submetacêntricos, 3 de subtelocêntricos, 8 de acrocêntricos. Através da técnica de impregnação pelo nitrato de prata foi evidenciada uma variabilidade, tanto inter quanto intraindividual, em relação a quantidade e a localização das RONs ativas. A heterocromatina revelada, através da técnica da banda e, mostrou-se distribuída, principalmente, nas regiões teloméricas de todos os cromossomos subtelocêntricos, e em grande parte dos cromossomos acrocêntricos. Os blocos e positivos encontrados demonstraram uma variação interindividual com relação ao número e localização das marcas, evidenciando ser este um caráter polimórfico. Em alguns pares de cromossomos acrocêntricos foram identificados blocos e+ interstlclals, os quais provavelmente são resultado de inversões paracêntricas. As regiões AgN03 + também se mostraram heterocromáticas. A enzima de restrição AluI e a Cromomicina A3 apresentaram um resultado parecido com o da Banda e. Comparando os dados deste trabalho com Astyanax sp. C, observa-se uma grande diferença na quantidade e localização da heterocromatina. Em vista dos resultados obtidos, pode-se dizer que os dados cariotípicos são uma ferramenta importante na discriminação de espeCles taxonomicamente problemáticas como os Astyanax pertencentes à Bacia do Rio Iguaçu.
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