Variação sazonal (inverno e verão) da densidade e biomassa do fitoplâncton no reservatório Piraquara I, Paraná
Resumo
Resumo : Um estudo foi realizado no reservatório Piraquara I para determinar a variação estacionai do fitoplâncton e discutir os fatores causais das alterações observadas. O inverno compreendeu o período de maio a agosto de 2001 e o verão correspondeu aos meses de dezembro de 2001 a março de 2002. Os parâmetros analisados foram: densidade celular a partir do método do microscópio invertido, clorofila-a, temperatura da água, pH, condutividade, nutrientes (fosfato, silicato, nitrato, nitrito e amônio)'e dados climatológicos (temperatura do ar, radiação solar, precipitação e ventos). O reservatório localiza-se em Piraquara, PR, numa região com mata de Araucária preservada. Com volume de água estimado em 18,5x106 m3 e área de 3,3 Km2 , abastece um terço da água potável tratada de Curitiba. Como sua área de entorno encontra-se bem preservada, apresenta potencial para ser utilizado como referencial de qualidade de água durante trabalhos para recuperação de outros reservatórios degradados. A análise das amostras de inverno mostrou que os grupos mais abundantes foram clorófitas (Oocystis lacustris e Monorhaphidium minutum), diatomáceas (Aulacoseira ambígua e Cyclotella pseudostelligera) e cianobactérias coloniais (Merismopedia delicatissima). Os resultados indicaram que a comunidade fitoplanctônica foi afetada por fatores climatológicos, como a redução da temperatura da água e preponderância de ventos do quadrante sul/leste. Aulacoseira ambigua, típica indicadora de turbulência da água, foi abundante em várias amostras, indicando a circulação lacustre. No verão, as clorófitas com mucilagem (Eutetramorus fottii e Elakatothrix gelatinosa) representaram o grupo de maior abundância. O nanoplâncton, as crisófitas menores de 20 ~m e os dinoflagelados (Perídínium umbonatum e Gymnodinium sp) também foram importantes. A dominância desses grupos reflete uma maior adaptação para os períodos de estratificação térmica e temperaturas mais elevadas. Para ambos os períodos, a cianobactéria Cyanogranis ferruginea foi abundante, embora sua contribuição em termos de biovolume tenha sido discreta.
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