Detecçao da resistencia de coleópteros de produtos armazenados a inseticidas, através de bioensaios e marcadores moleculares
Resumo
Resumo : O estudo da resistência de insetos de produtos armazenados a inseticidas é importante devido às elevadas perdas qualitativas e quantitativas, e também porque há poucos ingredientes ativos indicados para o controle destes organismos e, uma vez estabelecida a resistência, pouco poderá ser feito para efetuar um controle efetivo das populações. O objetivo desta pesquisa foi detectar populações de besouros de produtos armazenados resistentes e suscetíveis a inseticidas, baseando-se em bioensaios e marcadores moleculares. Apesar de terem sido coletadas diversas espécies, foram utilizados, para os ensaios os coleópteros Sitophilus oryzae (L.) e S. zeamais Motschulsky (Curculionidae) , Rhyzopertha dominica (F.) (Bostrychidae) e Oryzaephilus surinamensis (L.) (Silvanidae), provenientes de armazéns e criações de laboratório. A técnica utilizada para o bioensaio foi a de impregnação de papel filtro, aplicando-se 1 ml de solução de deltametrina (K-Obiol 25 CE®) em discos de papel filtro, em quatro concentrações diferentes, em cinco repetições; a testemunha continha apenas o solvente (acetona). Foram liberados 10 adultos por repetição, avaliando-se a mortalidade a 24 h. Os resultados mostraram uma mortalidade crescente de acordo com o aumento da concentração do inseticida e ao longo do tempo indicaram também que existiam populações resistentes e suscetíveis à dose utilizada. A CLso para avaliar o nível de resistência das populações foi determinada através da análise de probit. Os insetos vivos e mortos nos bioensaios foram congelados para os testes com marcadores moleculares. A técnica de PCR-RAPD utilizada para obtenção de bandas foi realizada com as seguintes condições: 1 X tampão (10 mM Tris-HCI; 3 mM MgCh e 50 mM KCI, pH 8,3), 100 J.lM de cada dNTP; 0,5 J.lM de primer; 1,25 U de Taq polimerase; 25 ng DNA e BSA 0,05%, utilizando-se o programa de amplificação: 3 min a 94°C, 3 min a 35°C e 2 min a 72°C, seguidos de 40 ciclos de 1 min a 94°C, 1 min a 36°C e 2min a 72°C, com extensão final de 5 min a 72°C. Foram utilizados os primers OPA-05, OPA-07, OPA-lO, OPA-16, OPA-18 e OPA-20. Os resultados ainda não demonstraram quais os primers que poderiam ser utilizados para detectar a resistência, mas os testes indicam que o método de extração, a quantidade de DNA por espécime e a qualidade do DNA são adequadas para os ensaios. A associação dos bioensaios com os marcadores moleculares representam uma ferramenta muito importante e precisa para a detecção e manejo da resistência das principais pragas.
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