Butirilcolinesterase humana e intoxicaçao por agrotóxicos
Resumo
Resumo : A hipótese proposta por esse estudo foi de que a variabilidade genética da butirilcolinesterase humana (BChE; 3 .l.1. 8) possa influenciar no risco de intoxicação clínica por pesticidas organofosforados e/ou carbamatos . Constituiu-se em uma pesquisa piloto a partir da qual se pudessem obter informações para a elaboração de um projeto de tese viável e ao mesmo tempo suficiente para testar a hipótese mencionada. Foi examinada a atividade e a variabilidade genética da BChE referente aos locos BCHE e CHE2, em 63 lavradores considerados intoxicados por agrotóxicos e 40 controles (97,5% agentes de saúde), cujas informações e amostras de soro foram obtidas no Laboratório Central do Estado do Paraná. As freqüências dos fenótipos do loco BCHE, determinadas com base em inibição enzimática, não se 'mostraram diferentes nessas amostras, tendo-se detectado apenas uma variante não usual entre os intoxicados (fenótipo BCHE DA; 1,59% ± 1,40% E.P.) e nenhuma variante não usual entre os controles. As freqüências dos fenótipos do loco CHE2 também não se mostraram diferentes entre essas duas amostras, sendo as freqüências do fenótipo CHE2 C5+, respectivamente, 11,11% ± 3,96% e 12,50% ± 5,23%, em intoxicados e controles. A atividade média da BChE se mostrou estatisticamente diferente entre essas duas amostras, tendo sido mais baixa nos intoxicados (6,52 UI. ± 1,73 D.P.) do que nos controles (7,96 UI. ± 1,49 D.P.). Talvez pela falta de informações clínicas, que permitissem melhor seleção do grupo intoxicado, os dados não foram suficientes para corroborar ou excluir a hipótese proposta. Vale salientar que a única variação não usual do loco BCHE foi encontrada em um dos 5 casos com sintomas de intoxicação descritos.
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