dc.description.abstract | Resumo : Estatísticas afirmam que a segunda maior causa de morte no Brasil desde 2003 ocorre por câncer, em um panorama geral, isso equivale a 17% dos óbitos. Esta doença é caracterizada pela proliferação desordenada de células, incapacidade de diferenciação celular e capacidade de invasão tecidual (metástases). O melanoma é um tipo de câncer muito agressivo, com uma alta taxa de mortalidade, que possui origem em melanócitos que sofreram alterações genotípicas e/ou fenotípicas, pelo seu alto potencial metastático é considerado muito grave. Por ser tratar de um câncer muito agressivo, as terapias existentes não têm grande eficácia nos tratamentos convencionais, além de apresentarem muitos efeitos colaterais, os quais são, na maioria das vezes, incuráveis. Embora haja uma busca incansável pelos melhores tratamentos, observamos uma limitação nas drogas antitumorais, pelos seus efeitos colaterais e toxidade das quimioterapias usuais. Existem relatos na literatura de que fungos são fonte de várias substâncias bioativas, entre elas podemos citar: terpenóides, esteróides, proteínas, lectinas, proteoglicanos e especialmente os polissacarídeos, com capacidade de modulação do sistema imunológico, bem como ação antitumoral, dentre outras atuações. São exemplos de polissacarídeos: as manogalactanas, fucomanogalactanas e fucoglucogalactanas. Com o objetivo de minimizar os efeitos colaterais das terapias padrões, propomos neste projeto investigar o possível potencial antitumoral de 6 diferentes polissacarídeos, extraídos e isolados de fungos dos gêneros: Pleurotus, Agaricus e Lentinus. Foram realizadas análises in vitro com a linhagem tumorigênica B16F10 (melanoma murino). Essa linhagem foi exposta aos diferentes polissacarídeos na concentração de 500µg/mL em curva de tempo, e posterior avaliação de específicas dinâmicas e eventos celulares, foram desenvolvidos dentro deste trabalho os seguintes ensaios: viabilidade celular, citotoxicidade celular e avaliação das alterações morfológicas e ultraestruturais induzidas pela ação destes diferentes polissacarídeos. Os resultados obtidos nos mostram que os polissacarídeos P1, P2, P4 e P6 não apresentaram citotoxicidade às células nos tempos de 24 e 48 horas, enquanto que os polissacarídeos P3 e P5 apresentaram-se citotóxicos no tempo de 24 horas e o polissacarídeo P3 no tempo de 48 horas. As imagens obtidas por meio de Microscopia Eletrônica de Varredura nos permitem visualizar que as células controle são menores, não apresentam inibição de contato e possuem características de células tumorigênicas; do mesmo modo que as células expostas aos polissacarídeos P1, P5 e P6 apresentam-se maiores, mais espraiadas, mais aderidas e, consequentemente, mais estacionárias; e ainda, as células expostas aos polissacarídeos P1, P3 e P5 apresentam morfologia estrelar e expansões celulares de forma arborescente ao redor de todo corpo celular muito proeminentes. | pt_BR |