Avaliação da tolerância térmica de Corydoras ehrhardti e Scleromystax barbatus (Siluriformes: Callichthyidae) peixes endêmicos na Floresta Atlântica Paranaense, como subsidio para conservação das espécies em tempos de aquecimento global
Resumo
Resumo : Em face de um aquecimento global apontado por diversos modelos, que chegam a predizer um aumento de 4ºC em 100 anos na temperatura média da terra, os estudos sobre a tolerância dos organismos a temperatura veem sendo enfatizada. Os peixes como animais pecilotérmicos tem sua temperatura corporal próxima a temperatura da água que habita, este parâmetro ambiental que é a temperatura afeta direta e indiretamente a vida destes organismos. Os organismos por sua vez dispõem de mecanismos, que garantem plasticidade para lidar com o aumento de temperatura do ambiente. As temperaturas críticas máximas de Corydoras ehrhardti e Scleromystax barbatus foram determinadas utilizando indivíduos adultos aclimatados em grupos de temperatuda de 20, 25 e 30ºC. Para cada temperatura de aclimatação as temperaturas críticas máximas foram 35,3±0,17; 37,02±0,1 e 37,67±0,04 ºC para C. ehrhardti e 34,24±0,09; 34,63±0,11 e 35,2±0,12 ºC para S.barbatus. Ambas as espécies são provenientes da Floresta Atlântica, mas cada uma delas tem seu microclima especifico. O C. ehrhardti é proveniente da vertente ocidental da serra do mar com uma maior variação sazonal de temperatura se comparada ao S. barbatus proveniente da vertente oriental da serra do mar e com um ambiente termicamente mais estável. Esta amplitude de variação térmica do ambiente faz com que indivíduos tenham um gasto maior de energia em mecanismos contra o estresse térmico, explicando o motivo de C. ehrhardti apresentar maior temperatura crítica máxima se comparado a S. barbatus.
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