Perspectiva de futuro dos jovens : análise comparativa das expectativas dos estudantes de escola pública de Curitiba acerca do Ensino Superior
Resumo
Resumo : A presente pesquisa surgiu de um trabalho voluntário realizado em 2011, com alunos do 1° ao 3o ano do ensino médio de uma escola da periferia de Curitiba. Com o objetivo de proporcionar aos alunos informações sobre os diferentes caminhos e oportunidades de ingresso no ensino superior, foram realizadas algumas palestras na instituição. A partir daí surgiu o interesse em aprofundar os estudos em relação ao que pensam os jovens do ensino médio sobre seus futuros. Para esta pesquisa foi feito aplicação de um questionário em duas escolas públicas de Curitiba, situadas em diferentes regiões da cidade. Buscou-se identificar a visão de futuro dos jovens, bem como, o que pensam sobre ingressarem no ensino superior. Através da análise dos dados procurou-se compreender quais fatores influenciam a visão de futuro dos jovens. Partindo-se do pressuposto de que a juventude é uma categoria sócio-histórica – objeto de políticas públicas o trabalho procurou, em um primeiro momento, trazer um pouco da história da juventude, desde a Idade Média até os dias atuais de forma a compreender a condição juvenil atual. Através da análise comparativa dos dados coletados das duas instituições de ensino pesquisadas, pôde-se perceber que apesar das escolas estarem em diferentes condições e contextos (embora ambas sejam escolas públicas), a expectativa de futuro dos jovens, principalmente no que diz respeito a cursarem o ensino superior foi muito parecido. Cabe ressaltar que alguns aspectos como nível de renda e escolaridade dos pais, por exemplo, variaram muito de uma instituição para a outra. No entanto, mesmo com essas diferenças, foi possível constatar que esses jovens englobam-se em uma mesma categoria, de sujeitos que não dominam o chamado capital cultural. Dessa forma, assim como todos os outros jovens estudantes das classes menos favorecidas, estes sofrem uma violência simbólica por imposição de um poder arbitrário, exercido pela própria escola que reproduz e legitima as desigualdades sociais.
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- Pedagogia [601]