Efeitos do método isostretching na dor lombar crônica em mulheres adultas
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Date
2018Author
Kozlovski, Cintia Mara, 1977-
Cordeiro, Marina Aleixo, 1995-
Branco, Marina Wolff, 1993-
Campos, Talita Mirele de, 1991-
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Resumo : INTRODUÇÃO: A dor lombar crônica é definida como algia, tensão muscular ou rigidez localizada abaixo da margem costal e acima da dobra glútea que persiste por mais de três meses. As diretrizes sobre dor lombar indicam vários tratamentos fisioterapêuticos com nível forte de evidência, porém, os exercícios de reeducação postural global, como o método Isostretching não são citados nas diretrizes. OBJETIVOS: avaliar o quadro álgico, a capacidade funcional, a qualidade de vida, a função musculoesquelética e as repercussões no alinhamento postural, após a aplicação do método Isostretching na dor lombar crônica em mulheres adultas. METODOLOGIA: Trata-se de um ensaio clínico controlado. Os grupos foram divididos em Grupo Intervenção (GI, n=14) e Grupo Controle (GC, n=10). As participantes foram avaliadas antes da intervenção, e após o término do tratamento. Foram utilizados para avaliação ficha de anamnese, contendo avaliação da dor através da EVA e da Algometria de Pressão. Também foram aplicados os questionários de Qualidade de Vida SF-36, de Dor Lombar de Oswestry e a Escala de Incapacidade de Roland Morris. Foi realizada a fotogrametria computadorizada para avaliação postural através do Software (SAPO) e o exame físico foi constituído pelos seguintes testes: banco de Wells; teste de resistência abdominal; teste de schober; de Stibor; 3º dedo solo; de elevação do membro inferior; de ângulo poplíteo; e fleximetria da coluna lombar. As intervenções foram realizadas durante 3 meses, 2 vezes por semana, com duração média de 60 minutos, totalizando 24 sessões. RESULTADOS: Foi verificada diferença significativa na EVA intragrupo e também na comparação entre a diferença entre o antes e depois de GI e GC (4,8±2,4 vs 2,1±2,5, p=0,001). Na algometria também houve diferença significativa intragrupos em todos os pontos da coluna lombar, porém sem diferença intergrupos. Os domínios do questionário SF-36 apresentaram melhoras estatisticamente significativas na reavaliação do GI (p<0,05) enquanto que no GC, apenas nos domínios aspectos físicos, sociais e emocionais. Na comparação intergrupos verificou-se diferença significativa seguintes domínios: capacidade funcional (23,2±16,1 vs 7,0±16,8, p= 0,026), dor (35,8±14,1 vs 6,9±14,0, p= 0,000) e vitalidade (30,3±14,0 vs 9,0±27,9, p= 0,026). No QIRM verificou-se diferença significativa intragrupos somente no GI e na comparação intergrupos verificou-se (7,1±5,1 vs 1,8±3,7, p = 0,010). No QDLO houve diferença intragrupos em ambos os grupos, sem diferença intergrupos. Em relação à avaliação musculoesquelética, foi encontrado resultado significativo em 12 dos 14 itens avaliados no GI (p<0,05). Na comparação entre GI e GC foi encontrada diferença estatisticamente significativa no teste 3° dedo solo (p=0,02), flexão lateral direita (p=0,04), elevação dos membros inferiores direito e esquerdo (p=0,00), ângulo poplíteo direito (p=0,05) e esquerdo (p=0,02), resistência abdominal (p=0,00) e banco de Wells (p=0,00). Em relação aos ângulos dos segmentos analisados pelo SAPO, apenas os "alinhamentos horizontais da cabeça" nas vistas laterais direita e esquerda apresentaram diferença significativa entre grupos (p=0,037 e p=0,022, respectivamente). CONCLUSÃO: O método Isostretching foi eficaz para diminuir a dor e a incapacidade, promover melhora na qualidade de vida, aumentar a resistência dos músculos abdominais, melhorar a flexibilidade dos músculos da cadeia posterior e corrigir alteração postural de mulheres adultas com lombalgia crônica.
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