dc.description.abstract | Resumo: As zonas costeiras representam um dos sistemas espaciais mais complexos e dinâmicos da natureza, por serem as regiões que concentram uma porcentagem significativa de população mundial e as grandes cidades. A ZC e a praia são, de maneira disfarçada, analisados fisicamente y de forma fragmentada, desconsiderando argumentos intangíveis, como seu uso e representação destas na sociedade. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, utilizando o Sistema de Informações Científicas da REDALYC e os Periódicos CAPES, se percebeu que houve uma ausência de pesquisas que estudem a praia teoricamente especificamente no Brasil, onde existe uma grande afinidade por estudos geográficos baseados em a discussão da categoria de território, as praias continuam a ser vistas simplesmente como cenário de desenvolvimento de atividades e não como uma unidade espacial para gestão nem se entendem como entidades territoriais. Além disso, no Brasil, a orla que é a unidade espacial básica para planejamento e gestão costeira do espaço praial, conduz a uma compreensão relacional perante as dinâmicas socioespaciais voltadas ao entorno pós-praial e a sua relação com as cidades. Motivo pelo qual, este artigo argumenta como um de seus principais postulados que, dada a complexidade e o valor simbólico particular que a praia possui, stricto sensu, transcenda de ser uma unidade geomorfológica, para se converter em cenário, sustento e produto da sociedade, mediante suas diferentes funções culturais, políticas y económicas. Deste modo, a abordagem territorial se estabelece como uma base conceitual para a compreensão integrada das praias e como requisito para a gestão costeira, conceber a praia como território, considerando seus elementos e múltiplas escalas, se oferece uma visão mais próxima e equitativa dos fenômenos que ocorrem ali, de grande relevância na gestão de praias e áreas costeiras. | pt_BR |