Pacientes diabéticos insulinodependentes : promoção do controle glicêmico
Resumo
Resumo: O trabalho aborda uma intervenção com 23 pacientes envolvidos com o objetivo de promover o autocuidado aos pacientes insulinodependentes. A intervenção ocorreu nos meses de abril e julho de 2021, na cidade de Boa Vista da Aparecida, estado do Paraná. Inicialmente realizamos uma reunião com a equipe de saúde com objetivo de selecionar os pacientes diabéticos insulinodependentes atendidos na unidade e que se enquadrava nos critérios estabelecidos, os critérios de inclusão foram os pacientes cadastrados na UBS (Unidade Básica de Saúde), com idade acima dos 50 anos, ambos os sexos, que realizam acompanhamento no tratamento da diabetes Mellitus tipo 2, utilizavam insulina ao menos uma vez ao dia e que apresentavam índices glicêmicos fora da meta terapêutico, ou seja, hemoglobina glicada A1c acima de 7%. A busca ativa dos pacientes foi a estratégia inicial, avaliação clínica, detectando as dificuldades apontadas pelos pacientes para controlar sua glicemia, solicitado novo exame de insulina glicada para estratificação dos dados para controle e acompanhamento. Agendamento de retorno para consulta onde foram realizados intervenção farmacológica com ajustes de doses de insulina, quando necessário e intervenções não farmacológicas como adição de mudanças no estilo de vida onde incluiu reeducação alimentar, atividade física regular com orientação de educador físico, ajuda psicológica e, consulta com nutricionista buscando adaptação de cardápio de acordo com a realidade de cada paciente. Observou-se que 85% destes pacientes tiveram uma redução média na diferença da segunda dosagem com a primeira dosagem de 1,41 na HBA1C. A falta adesão ao tratamento medicamentoso na Diabetes mellitus é a principal causa do mau controle glicêmico e das principais complicações, sendo assim, torna-se um desafio na atenção básica tratar esses pacientes, agregamos ainda as medidas não farmacológica que devido a fatores sociais, educacionais e comportamentais acaba não contribuindo para que as metas glicêmicas se mantenham dentro de limites terapêuticos (glicemia glicada <7%. Dos pacientes que tiveram redução nos valores de hemoglobina glicada 9 foram do sexo feminino enquanto que 8 foram do sexo masculino, sendo que no grupo das mulheres a média das diferenças nos valores da HBA1C foi de 1,50 enquanto que nos homens a diferença ficou em 1,05. A faixa etária não evidenciou uma diferença considerável. Faz-se necessário o desenvolvimento de um plano que envolva toda a equipe, além de treinamento e mais estudos adicionais para melhor definir o papel das crenças em saúde e as práticas de cuidados entre pacientes diabéticos assistidos na Atenção Básica de Saúde. Isso a longo prazo poderá resultar em uma maior economia para a saúde do município, com redução nos internamentos e das complicações da diabetes. Evidenciamos também a importância do trabalho das ACSs (Agentes Comunitários de Saúde), na proteção, prevenção, orientação e acompanhamento dos pacientes diabéticos sendo de fundamental importância na conclusão desse trabalho.
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