Ensino médio e currículo : o ensino de filosofia num projeto educativo emancipatório
Resumo
Resumo : Este trabalho monográfico visa traçar algumas reflexões acerca do Ensino Médio e
seu Currículo, tendo como recorte a contribuição da Filosofia, como disciplina
escolar. A perspectiva de análise que adotamos está comprometida com a
construção, a partir da práxis educativa, da Escola Pública de Ensino Médio
emancipatória, portanto que considera os trabalhadores em educação e os
estudantes sujeitos do processo educativo escolar. Neste processo, apontamos
para a importância da avaliação emancipatória das práticas cotidianas; para a
reflexão critica acerca da representação do conhecimento sistematizado no
currículo escolar e a necessária articulação entre este e a prática social, na
perspectiva de instrumentalizar os jovens para a inserção critica e participativa na sociedade. Para isso traçamos algumas considerações sobre a contribuição do pensamento de Antonio Gramsci, Paulo Freire e da Filosofia da Libertação que, em nossa compreensão, possuem em comum o compromisso com as lutas populares por libertação. Uma preocupação central deste trabalho é a articulação necessária entre a identidade e legitimidade da disciplina Filosofia no currículo escolar com a totalidade da Escola Pública, de Ensino Médio, sua formas de organização e gestão, onde a identidade de um e de outro são desafios a serem construídos, principalmente, numa perspectiva emancipatória. Assim dentro dos limites de uma pesquisa monográfica, buscamos traçar a presença/ausência da disciplina de filosofia na história da escola pública, de nível médio e sua características; problematizar o conhecimento e o currículo no conte›‹to de um projeto educativo emancipador; apontar para a contribuição do ensino de Filosofia no currículo do Ensino Médio; refletindo, ainda, acerca dos desafios quanto a formação do professores de Filosofia. Concluímos que a construção de um projeto
educativo emancipatório, entre outras questões, implica na formação inicial e continuada de professores articulada com a práxis desenvolvidas nas escolas, significando-as e problematizando-as. Formação esta que não restrinja-se a área (disciplina) ou a sala de aula, mas identifique-se e comprometa-se com a escola e a comunidade, onde o trabalho disciplinar articula-se a um trabalho transdisciplinar.