O ambiente logístico de movimentação de cargas containerizadas no Porto de Paranaguá
Resumo
Resumo: Sendo historicamente um porto graneleiro, mas estando localizado em uma área de influência crucial para o Mercosul, com uma base industrial fortalecida pela presença de montadoras de automóveis assim como exportadores de cerâmica, madeira, congelados, dentre outras mercadorias, o porto de Paranaguá, através dos anos, vem atraindo diversos armadores de navios full-containers. A movimentação crescente deste tipo de carga exigiu uma modernização, fomentada pela aprovação da lei 8630/93, que culminaria com a implantação de um terminal portuário privativo em 1997, garantindo um arrendamento por 25 anos, com direito a prorrogação por igual período. Após sete anos de operações, e embora os números continuem crescendo tanto na importação como na exportação, não se atingiu a plenitude de sua operacionalidade, em função do número de navios que poderiam ter atracado e consequentemente com relação aos volumes de cargas, e por conseqüência, implicando um nível de serviço inferior ao esperado, em função de uma série de atritos entre o Estado e a empresa privada baseados, entre outros aspectos, por discordância quanto aos artigos constantes no contrato, que foi assinado quando da licitação para a construção do terminal privado, e seus aditivos em vigor. Enquanto persistir tal situação o Porto de Paranaguá perderá terreno para os portos vizinhos e verá sua movimentação despencar para níveis que poderão ser difíceis, senão impossíveis de se recuperar no médio a longo-prazo. Este trabalho tem por objetivo traçar uma visão do ambiente logístico portuário de operações full-containers no porto de Paranaguá ao longo do tempo e levantar os principais problemas que oneram tanto aos clientes, usuários, armadores e trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente nas operações de navios full-containers e suas cargas