Análise do inventário florestal de sobrevivência por meio de informações coletadas com VANT
Abstract
Resumo : O presente estudo teve como objetivo avaliar a viabilidade do uso dos veículos aéreos não tripulados - VANTs em levantamentos de sobrevivência de mudas em plantios de Eucalyptus grandis, com 120 dias, através de técnicas de amostragem. Dessa forma, foram realizados voos com o VANT eBee SenseFly, com câmeras embarcadas nos modelos RGB e NIR Ixus Canon S110, nos dias 13 e 14 de junho de 2016, cobrindo uma área total de cerca de 30 hectares; as fotos do VANT foram processadas no software E-motion, realizadas ortorretificação e identificação de pontos homólogos para a geração do mosaico e uma imagem única e corrigida no âmbito geométrico e espectral, ou seja, a ortofoto. Também nessa etapa de
processamento das fotos, foram identificados os números de fotos que obtiveram precisão suficiente para poderem ser processadas. Em seguida, as ortofotos foram transferidas ao software ArcGIS. O censo foi realizado em três talhões, sendo dois considerados com alta mortalidade e um considerado com baixa mortalidade. Nesses mesmos talhões foram distribuídas parcelas de 250m² e 400m² sobre as ortofotos para serem comparadas com o censo realizado. Vários cenários foram gerados e algumas análises foram feitas por meio do processo sistemático e método de área fixa com testes de intensidades amostrais variadas. Para o talhão de baixa mortalidade (C0B) de 12,75 ha, com parcelas de 250m² foram amostradas 5%, 7%, 10% da área e 1:1ha. Para parcelas com 400m², os testes foram com 3%, 5% e 10% da área. Para o talhão com alta mortalidade (C5A), de 11,07 ha, os testes para parcelas com 250m² foram 2%, 3%, 5%, 7%, 10% da área e 1:1ha e para parcelas com 400m², os testes foram com 5% e 7%, 10% da área e 1:1ha. Para o terceiro talhão, novamente com alta mortalidade (D1B), de 6,0ha, os testes para parcelas de 250m² foram 2%, 5%, 10% da área e para parcelas com 400m², os testes foram com 3%, 7% e 10% da área. Com o intuito de concluir quais cenários obtiveram melhores resultados, os critérios utilizados foram: diferença entre amostragem e censo, erro de amostragem e coeficiente de variação, nesta ordem. No talhão D1B, o cenário com 7% de área amostrada e parcelas de 400m² foi o que apresentou os melhores resultados, com menor diferença entre amostragem e censo (1%), menor erro (3,6) e menor coeficiente de variação (6,3). No talhão C5A, o cenário com 1:1ha de área amostrada e parcelas de 400m² apresentou menor diferença entre amostragem e censo (0). No talhão C0B, o cenário com 10% de área amostrada com parcelas de 400m², foi o que obteve melhores resultados com menor diferença entre amostragem e censo (0) e menor erro (1%). Dessa forma foi possível inferir que é viável o uso dessa nova tecnologia para levantamentos de plantios, pois os valores obtidos na comparação entre amostragem e censo foram satisfatórios, o que gera dados confiáveis, de forma rápida e com menos mão de obra. Palavras-Chave: Geotecnologias. Manejo Florestal. Silvicultura de Precisão.