Espécies de prochilodus (characiformes, prochilodontidae) cultivados na região do baixo Rio São Francisco reveladas pela técnica de DNA barcode
Resumo
Resumo : A identificação de espécies por meio da técnica de Códigos de barra de DNA (DNA Barcodes) tem sido utilizada com freqüência para identificação de espécies como apoio à Taxonomia tradicional quando esta não é suficiente. O método consiste na produção de uma seqüência curta de DNA do indivíduo, usualmente um fragmento do gene da Citocromo oxidase I. A identificação é possível pela pequena possibilidade de existirem duas seqüências exatamente idênticas de um mesmo gene em espécies diferentes. O presente trabalho tem como objetivo o reconhecimento de peixes migratórios da família Prochilondotidae, gênero Prochilodus, residentes na Bacia do rio São Francisco. Há evidências de introdução de indivíduos de outras espécies do gênero nesta bacia, abrindo a possibilidade para a ocorrência de hibridização entre elas. Desta forma é elaboramos protocolos de rápida execução para uma análise inequívoca do dos estoques de peixe nativos da bacia. Para tanto foram processadas amostras de adultos e alevinos provenientes do alto Rio São Francisco. No campo, fragmentos de brânquia foram retirados dos peixes e enviados para o laboratório devidamente conservados em DMSO/EDTA. A extração de DNA é feita seguindo utilizando-se robô de extração Iprep™ protocolo específico (Invitrogen™). Os extratos são amplificados através de uma PCR utilizando-se primers para obtenção da região codificadora da COI. Em seguida, seus produtos purificados são utilizados em uma reação de sequenciamento, e posteriormente são lidos num seqüenciador ABI3130. As seqüências produzidas são alinhadas manualmente e utilizadas nas análises para reconstituição das relações filogenéticas dos animais coletados. Para tanto se utilizam métodos padrão de análise Filogenética como máxima parcimônia e inferência Bayesiana nos Softwares Paup (Swofford 2000), Modeltest (Posada e Krandall 1998). Os resultados obtidos com Dna mitocondrial mostram a ocorrência de duas unidades evolutivas com padrões de seqüências diferentes indicando a presença de pelo menos duas espécies. A relação entre as identificações genéticas e morfológicas reforça a possibilidade de ocorrência de hibridização entre as populações.
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