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    Colonização e subjetividade : a construção identitária de indígenas invisibilizados pelo fenótipo colonizador, estereotipado e idealizado

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    R - D - ALINE LOUISY GOULART PORTELLA.pdf (3.847Mb)
    Data
    2025
    Autor
    Portella, Aline Louisy Goulart
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: Os povos indígenas enfrentam os injustos e contínuos impactos da colonização desde o século XVI com a invasão dos territórios pelos colonizadores europeus, que se estende ao longo dos séculos. Fatos históricos acarretam consequências com significativas influências em suas identidades e subjetividades até os dias atuais. A colonização implicou em miscigenação entre povos indígenas e não indígenas, com decorrências étnicas e raciais de diferentes ordens. Uma delas refere-se ao fenótipo. Apesar da concretude da miscigenação e de diferenciações fenotípicas indígenas, contraditoriamente estabelece-se, de forma também colonizadora, um fenótipo indígena estereotipado, idealizado pelos não-indígenas, o qual permanece ao longo desses séculos. Trata-se de um fenótipo indígena colonizador estereotipado, generalizado, simplificado, preconcebido, congelado historicamente, universalizado e indiferenciado nas diferenças, idealizado. Compreende-se como forma de continuidade, aprimoramento e fortalecimento do processo de colonização e seus incrementos. Desdobram-se da miscigenação outras formas colonizadoras e violentas que persistem. Além da violência física e genocida, a violência de apagamento, silenciamento, invalidação e aniquilamento de suas culturas e cosmovisões geram o perecimento de essencialidades humanas simbólico-emocionais – as configurações subjetivas individuais e sociais de suas identidades étnicas indígenas. Somam-se a isso, tanto a discriminação e o racismo anti-indígena por parte da sociedade não indígena, quanto, em alguns contextos, por indígenas que reproduzem a exclusão daqueles que não apresentam o referido fenótipo estereotipado idealizado. Esta Dissertação de Mestrado aborda sobre impactos da colonização e de estereótipos indígenas desenvolvidos pela sociedade não indígena. Aponta formas de resistência cultural e identitária dos povos originários com destaque à identidade étnica e a coexistência de indígenas entre territórios indígenas e contextos urbanos. A dissertação teve como objetivo analisar configurações subjetivas individuais e sociais da identidade de indígenas que não possuem características fenotípicas estereotipadas idealizadas. Aborda, conjuntamente, impactos da colonização na reconfiguração identitária dos povos originários na contemporaneidade. Fundamenta-se na perspectiva da Psicologia Cultural-Histórica da Teoria da Subjetividade, Epistemologia Qualitativa e Metodologia Construtivo-interpretativa de autoria de Fernando González Rey, bem como em perspectivas de autores, indígenas e não-indígenas, que discorrem sobre a temática identitária indígena considerando epistemologias interculturais baseadas nos saberes e cosmovisões dos povos originários. A pesquisa baseou-se na análise de artigos científicos, livros, relatos de lideranças indígenas de diferentes etnias, dissertações e teses disponíveis em bases de dados acadêmicos. Para investigar os processos de configurações subjetivas que constituem as identidades, a pesquisa de campo contou com a participação de três mulheres indígenas universitárias, com idade superior a 18 anos, de etnias e estados federativos diferentes e que não apresentam traços fenotípicos socialmente tidos como indígenas, ou seja, o estereótipo do fenótipo idealizado. Para a produção das informações, foram criados espaços conversacionais individuais, onde promoveu-se o diálogo e reflexões sobre a problematização da pesquisa: Como é para você o processo de discriminação e de invisibilização da nossa identidade enquanto indígenas que não possuímos o fenótipo indígena estereotipado idealizado e o quanto isso impacta em nossa vida? E, por outro lado, o quanto isso pode ser um sinônimo de força e de luta? A pesquisa contribuiu para: a produção de conhecimento sobre configurações identitárias de indígenas que não possuem traços fenotípicos estereotipados e idealizados como indígenas; uma compreensão mais abrangente da diversidade étnica dos povos originários; novas possibilidades de produção científica de conhecimento, formação e atuação profissional na área da Psicologia, com benefício para outras ciências, relações sociais e acadêmicas a respeito de pessoas e povos indígenas. Os resultados poderão trazer implicações práticas para a promoção de políticas públicas, a valorização da diversidade cultural e a desmistificação de estereótipos indígenas
     
    Abstract: Indigenous peoples have faced the unjust and continuous impacts of colonization since the sixteenth century, with the invasion of their territories by European colonizers - a process that has extended across centuries. Historical events have had profound consequences, significantly influencing their identities and subjectivities up to the present day. Colonization resulted in miscegenation between Indigenous and non-Indigenous peoples, producing ethnic and racial implications of different orders. One of them concerns the notion of phenotype. Despite the concreteness of miscegenation and the diversity of Indigenous phenotypic features, a contradictory and colonizing construction of a stereotyped Indigenous phenotype emerged an idealized image created by non-Indigenous society that has persisted throughout the centuries. This stereotyped Indigenous phenotype is generalized, simplified, preconceived, historically frozen, universalized, and detached from actual differences. It is understood as a form of continuity and reinforcement of the colonizing process and its violent repercussions. Beyond physical and genocidal violence, Indigenous peoples have endured symbolic and emotional forms of annihilation, expressed in the silencing, invalidation, and erasure of their cultures and worldviews, which undermine the subjective configurations of their individual and collective ethnic identities. Added to this are discrimination and anti-Indigenous racism, not only from non-Indigenous society but also, in certain contexts, from Indigenous people who reproduce exclusion against those who do not fit the stereotyped, idealized phenotype. This Master’s dissertation discusses the impacts of colonization and the stereotypes about Indigenous peoples developed by non-Indigenous society. It highlights cultural and identity resistance among Indigenous peoples, with emphasis on ethnic identity and the coexistence of Indigenous individuals in both Indigenous territories and urban contexts. The study aimed to analyze the subjective configurations - individual and social - of Indigenous identities in people who do not exhibit the stereotyped, idealized Indigenous phenotype. It also addresses the impacts of colonization on the reconfiguration of Indigenous identities in contemporary times. The research is grounded in the Cultural-Historical Psychology of Subjectivity Theory, the Qualitative Epistemology, and the Constructive-Interpretative Methodology developed by Fernando González Rey, as well as in perspectives from both Indigenous and non-Indigenous authors who examine Indigenous identity based on intercultural epistemologies and Indigenous knowledge systems. The study drew upon the analysis of academic articles, books, Indigenous leaders’ testimonies from different ethnic groups, as well as dissertations and theses available in academic databases. Fieldwork involved three Indigenous women university students, over 18 years old, from different ethnic groups and states, who do not display phenotypic features commonly associated with the socially constructed idealized Indigenous stereotype. Individual dialogical spaces were created to promote reflection on the central research problem: What is the experience of discrimination and invisibilization of our identity as Indigenous women who do not fit the stereotyped, idealized Indigenous phenotype, and how does this impact our lives? Conversely, in what ways can this experience become a source of strength and struggle? The study contributes to: the production of knowledge about identity configurations of Indigenous people who do not conform to stereotyped phenotypic expectations; a broader understanding of the ethnic diversity of Indigenous peoples; and new possibilities for scientific knowledge production, professional training, and practice in Psychology with potential benefits for other sciences, social relations, and academic debates about Indigenous peoples. The results may have practical implications for the promotion of public policies, the valorization of cultural diversity, and the deconstruction of Indigenous stereotypes
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/99570
    Collections
    • Dissertações [297]

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