Resiliência e flexibilidade cognitiva em escolares nascidos a termo e pré-termo
Resumo
Resumo: Apesar de ser um tema bastante estudado recentemente, ainda se sabe pouco sobre o desenvolvimento da resiliência na infância e evidencia-se a escassez de instrumentos para avaliar esse fenômeno psicológico tão importante para a saúde mental. O nascimento pré-termo é considerado fator de risco para o desenvolvimento infantil, pesquisas indicam os déficits encontrados e suas consequências para o desenvolvimento. Pesquisas que envolvem essa população de risco contribuem para o aperfeiçoamento de programas de intervenção eficientes para promover o desenvolvimento adequado e evitar dificuldades educacionais futuras. Para maior compreensão do desenvolvimento da Resiliência na infância quanto dos prejuízos do nascimento pré-termo, foi realizada uma pesquisa descritiva, transversal e quantitativa com 82 escolares entre 8 e 12 anos de escolas públicas da cidade de Curitiba. Destes, 32 são crianças nascidas pré-termo e 50 nascidos a termo. A pesquisa foi devidamente autorizada pelo comitê de ética e foram cumpridas todas as diretrizes éticas. Os dados oriundos desta pesquisa estão apresentados e discutidos neste trabalho em dois estudos: O primeiro apresenta dados preliminares de uma escala para avaliar a resiliência em crianças de 8 a 12 anos, com resultados descritivos das 82 crianças que participaram da pesquisa. O segundo estudo apresenta resultados descritivos da flexibilidade cognitiva dos escolares e compara estes com o desempenho na versão experimental da escala de resiliência. Para o dois primeiro estudo foram utilizados uma ficha de dados sócio demográficos e a Escala de Resiliência e para o segundo, além destes, incluiu-se o Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST). Os resultados do estudo 1 indicaram a importância do desenvolvimento de instrumentos para avaliação de Resiliência e maior compreensão do seu desenvolvimento, evidenciando correlação entre a resiliência e a idade materna das crianças. O estudo 2 revelou que não há diferença estatisticamente significativa entre o desempenho de crianças nascidas a termo e pré-termo na resiliência e na flexibilidade cognitiva e demonstrou nos grupos a correlação entre resiliência e a idade materna. Esta pesquisa contribuiu para a Neuropsicologia do Desenvolvimento por ampliar o conhecimento sobre o desenvolvimento da Resiliência e também do desenvolvimento das crianças nascidas pré-termo. Abstract: Despite being a recently studied topic, little is known about the development of resilience in childhood and there is a lack of instruments to assess this psychological phenomenon, which is so important for mental health. Preterm birth is considered a risk factor for child development, research on deficits found and their consequences for development. Research involving this atrisk population contributes to the improvement of efficient intervention programs to promote adequate development and avoid future educational difficulties. For a better understanding of the development of Resilience in childhood and the damage of preterm birth, a descriptive, cross-sectional and quantitative study was carried out with 82 students between 8 and 12 years of age in public schools in the city of Curitiba. Of these, 32 are children born preterm and 50 born at term. The research was duly authorized by the ethics committee and all ethical guidelines were complied with. The data from this research are involved and discussed in this work in two studies: The first presents preliminary data from a scale to assess resilience in children aged 8 to 12 years, with descriptive results from the 82 children who participated in the research. The second study presents descriptive results of the students' cognitive flexibility and compares these with performance on the experimental version of the resilience scale. For the first two studies, a socio-demographic data sheet and a Resilience Scale were used and for the second, in addition to these, it was included in the Wisconsin Card Classification Test (WCST). The results of study 1 indicated the importance of developing instruments for assessing Resilience and greater understanding of their development, showing a correlation between resilience and the children's maternal age. Study 2 revealed that there is no statistically significant difference between the performance of children born at term and preterm in resilience and cognitive flexibility and that there may be a correlation between resilience and maternal age in groups. This research contributed to Developmental Neuropsychology by expanding knowledge about the development of Resilience and also the development of children born preterm.
Collections
- Dissertações [294]