Teletrabalho : ascensão e alerta à saúde do trabalhador
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Data
2025Autor
Villasboas, Paulo Lucas Benchimol
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Resumo: Este trabalho tem como objetivo realizar uma revisão narrativa da literatura sobre o teletrabalho e suas repercussões na saúde mental dos trabalhadores no cenário póspandêmico. A pesquisa foi conduzida por meio de buscas em bases de dados nacionais e internacionais, além de documentos oficiais, abrangendo o período de 2001 a 2025. A partir da contextualização histórica do trabalho — desde a Revolução Neolítica até a Quarta Revolução Industrial —, discute-se o teletrabalho como uma modalidade que resgata o trabalho no domicílio, intensificado pelas tecnologias da informação e comunicação, e consolidado como estratégia emergencial durante a pandemia da COVID-19. Os resultados apontam para benefícios como flexibilidade, redução de deslocamentos e aumento da autonomia. Contudo, ao mesmo tempo evidenciam riscos significativos à saúde mental, como isolamento social, sobrecarga de trabalho e esgotamento emocional, especialmente em populações vulneráveis. Destacam-se, ainda, os fatores psicossociais relacionados ao sofrimento psíquico e os dados epidemiológicos que indicam crescimento expressivo de afastamentos por transtornos mentais. Conclui-se que, embora o teletrabalho represente uma alternativa viável de organização laboral, sua adoção exige regulamentação cuidadosa, suporte institucional e estratégias de prevenção em saúde mental. Recomenda-se o desenvolvimento de estudos com maior rigor metodológico e a reformulação das normas trabalhistas que contemplem os aspectos subjetivos e psicossociais do trabalho remoto Abstract: This study aims to conduct a narrative review of the literature on telework and its repercussions on workers' mental health in the post-pandemic scenario. The research was conducted through searches in national and international databases, as well as official documents, covering the period from 2001 to 2025. Based on the historical context of work—from the Neolithic Revolution to the Fourth Industrial Revolution— telework is discussed as a modality that revives working from home, intensified by information and communication technologies, and consolidated as an emergency strategy during the COVID-19 pandemic. The results point to benefits such as flexibility, reduced commuting, and increased autonomy. However, they also highlight significant risks to mental health, such as social isolation, work overload, and emotional exhaustion, especially in vulnerable populations. Also noteworthy are the psychosocial factors related to psychological distress and epidemiological data indicating a significant increase in absences due to mental disorders. It is concluded that, although teleworking represents a viable alternative for work organization, its adoption requires careful regulation, institutional support, and mental health prevention strategies. It is recommended that studies with greater methodological rigor be developed and that labor standards be reformulated to address the subjective and psychosocial aspects of remote work 
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- Medicina do trabalho [222]