O papel da liderança organizacional na promoção da saúde mental corporativa : análise

Abstract

Resumo: Objetivo: A saúde mental no ambiente de trabalho tem se tornado uma prioridade global, com impactos significativos na produtividade e no bem-estar dos colaboradores. Embora estudos recentes tenham explorado a relação entre liderança e saúde mental, os mecanismos intrínsecos que ligam essas variáveis ainda necessitam de maior investigação. Com base na Teoria da Autodeterminação e em diretrizes da OMS e OIT, este estudo analisou o papel da liderança organizacional na promoção da saúde mental, considerando mediações como segurança psicológica e moderações como treinamento de gestores. Métodos: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura, com busca sistemática nas bases PubMed, SciELO, BIREME, EBSCO e ResearchGate, utilizando descritores como "mental health at work", "leadership AND psychological safety" e "workplace burnout". Foram incluídos 35 artigos publicados entre 2014 e 2024, além de relatórios da OMS, OIT e DATASUS. Resultados: A liderança inclusiva e comprometida mostrou-se positivamente associada ao bem-estar ocupacional. A segurança psicológica mediou essa relação, enquanto o treinamento de gestores moderou o impacto da liderança na redução de riscos psicossociais. Políticas como a NR-1 no Brasil alinham-se às diretrizes internacionais, mas sua implementação ainda enfrenta desafios estruturais. Conclusões: Líderes que adotam práticas inclusivas e promovem ambientes psicologicamente seguros contribuem significativamente para a saúde mental corporativa. Recomenda-se a capacitação contínua de gestores e a integração de métricas de bem-estar nos sistemas de gestão organizacional. Estudos futuros devem investigar a efetividade dessas práticas em contextos locais

Abstract: Purpose: Mental health in the workplace has become a global priority, with significant impacts on productivity and employee well-being. Although recent studies have explored the relationship between leadership and mental health, the intrinsic mechanisms linking these variables require further investigation. Grounded in Self-Determination Theory and WHO/ILO guidelines, this study examined the role of organizational leadership in promoting mental health, considering mediators such as psychological safety and moderators like manager training. Methods: A narrative literature review was conducted, with systematic searches in PubMed, SciELO, BIREME, EBSCO, and ResearchGate using descriptors such as "mental health at work", "leadership AND psychological safety", and "workplace burnout". Thirty-five articles published between 2014 and 2024 were included, alongside reports from WHO, ILO, and DATASUS. Results: Inclusive and committed leadership was positively associated with occupational well-being. Psychological safety mediated this relationship, while manager training moderated leadership’s impact on reducing psychosocial risks. Policies such as Brazil’s NR-1 align with international guidelines but face structural implementation challenges. Conclusions: Leaders who adopt inclusive practices and foster psychologically safe environments significantly contribute to corporate mental health. Continuous manager training and the integration of well-being metrics into organizational management systems are recommended. Future studies should investigate the effectiveness of these practices in local contexts