Barreiras e facilitadores no diagnóstico e no tratamento do transtorno de compulsão alimentar periódica

Abstract

Resumo : Introdução: O Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica (TCAP) é um transtorno alimentar prevalente de etiologia multifatorial, envolvendo saúde física, psíquica e social. Múltiplas condições atuam como barreiras ou facilitadores em seu diagnóstico e tratamento. Objetivo: Esta revisão integrativa busca identificar e compreender barreiras e facilitadores no diagnóstico e no tratamento do TCAP em mulheres adultas. Metodologia: Por meio da estratégia PICo, investigou-se "Quais as barreiras e facilitadores do diagnóstico e tratamento da compulsão alimentar periódica em mulheres adultas?" em pesquisa com uso de descritores controlados e operadores booleanos nas bases de dados LILACS, MEDLINE, WEB OF SCIENCE, SCOPUS e CINAHL em 2023. Após estratificação por estratégia PRISMA, 48 artigos foram incluídos. Resultados e Discussão: Dentre as barreiras diagnósticas, destaca-se estigmatização do TCAP, falta de treinamento profissional, vergonha e resistência no relato de sintomas, dentre outras. Barreiras no manejo incluem desafios logísticos e financeiros, múltiplas comorbidades, falta de profissionais qualificados, baixas taxas de adesão aos tratamentos e alto custo de manutenção. Por outro lado, facilitadores incluem o uso de ferramentas diagnósticas validadas, intervenções farmacológicas, reeducação alimentar e múltiplas opções de intervenção na saúde física e mental. Considerações finais: Os desafios no manejo do TCAP começam antes de seu diagnóstico como doença crônica e multifatorial. Profissionais da saúde e pacientes necessitam de acesso ao conhecimento sobre a doença, a fim de superar preconceitos e estigmatização. Múltiplas estratégias terapêuticas estão disponíveis e, a base de seu sucesso é aliar psicoterapia, atividade física e terapia medicamentosa

Abstract : Introduction: Binge Eating Disorder (BED) is a prevalent and multifactorial eating disorder, affecting physical, psychological, and social health. Multiple factors act as barriers or facilitators in its diagnosis and treatment. Objective: This comprehensive review intends to identify and to understand barriers and facilitators in the diagnosis and treatment of BED in adult women. Methods: Following the PICo strategy, framed the question: ‘‘What are the barriers and facilitators in the diagnosis and treatment of binge eating disorder in adult women?’’ Articles were obtained through a systematic search conducted in 2023, using controlled descriptors in the LILACS, MEDLINE, Web of Science, SCOPUS, and CINAHL databases. After applying the PRISMA strategy, 48 articles were included. Results and Discussion: Diagnostic barriers include stigmatization of BED, lack of professional training, shame and resistance in reporting symptoms, and others. Treatment barriers include logistical and financial challenges, the simultaneous management of multiple comorbidities, a shortage of qualified professionals, low adherence to treatment, and high maintenance costs. On the other hand, facilitators include the use of validated diagnostic tools, pharmacological interventions, dietary modifications, and various approaches targeting both physical and mental health. Conclusion: Challenges in managing BED begin before its diagnosis as a chronic and multifactorial disease. Health professionals and patients must have access to knowledge about the disease to overcome prejudice and stigmatization. It is a prevalent and multifactorial eating disorder, affecting physical, psychological, and social health and multiple therapeutic strategies are available, but their success lies in combining psychotherapy, physical activity and pharmacological therapy