Potencial uso do sorgo brs-716 e lodo flotado para a produção de pellets

Abstract

Resumo : Este trabalho avaliou o potencial de utilização do sorgo BRS-716 e do lodo flotado oriundo de agroindústria de transformação proteína animal como matérias-primas para a produção de pellets, visando a geração de energia térmica de forma sustentável. A pesquisa envolveu a coleta, preparo, caracterização físico-química dessas biomassas, seguidas da peletização em dois tipos de tratamentos com variações na granulometria do sorgo, sendo assim testadas duas granulometrias distintas, obtidas a partir de diferentes níveis de moagem, com o objetivo de observar seus efeitos sobre a compactação e qualidade final dos pellets. Os resultados indicaram que o sorgo, especialmente em sua forma mais fina, apresentou melhor desempenho na formação dos pellets, com menor teor de finos e maior durabilidade mecânica. O pellet no qual possui uma porcentagem de lodo, por sua vez, apresentou alto teor de cinzas, afetando a coesão e a resistência dos pellets. Os valores de poder calorífico variaram entre 16,77 e 18,19 MJ/kg, demonstrando viabilidade energética, mesmo com a inclusão de 20% de lodo. Embora os pellets não tenham atendido integralmente às normas da ABNT, os resultados indicam viabilidade técnica e ambiental da proposta, com potencial para otimização em estudos futuros

Abstract : This study evaluated the potential use of BRS-716 sorghum and floated sludge from the animal protein processing agroindustry as raw materials for pellet production, aiming at the sustainable generation of thermal energy. The research involved the collection, preparation, and physicochemical characterization of these biomasses, followed by pelletization under two treatment conditions with variations in the sorghum particle size. Two distinct particle sizes, obtained through different grinding levels, were tested to observe their effects on pellet compaction and final quality. The results indicated that sorghum, especially in its finer form, showed better performance in pellet formation, with lower fines content and greater mechanical durability. The pellets containing a percentage of sludge, in turn, showed high ash content, which affected their cohesion and strength. The calorific values ranged from 16.77 to 18.19 MJ/kg, demonstrating energy viability even with the inclusion of 20% sludge. Although the pellets did not fully meet ABNT standards, the results indicate the technical and environmental feasibility of the proposal, with potential for optimization in future studies