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    Ser alguém na terra do outro : considerações a partir da psicanálise sobre o desamparo nas imigrações forçadas

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    R - D - AMANDA CALVETTI CORREA.pdf (2.270Mb)
    Data
    2025
    Autor
    Corrêa, Amanda Calvetti
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: Os deslocamentos humanos internacionais exigem um aparato jurídico que assegure e reconheça a existência do imigrante forçado nos países de acolhimento, além de políticas públicas para sua integração e a construção de uma sociabilidade que favoreça sua inserção no laço social. Nesta pesquisa, localizam-se as imigrações forçadas em seu contexto social, político e econômico global, mas também no campo psíquico, ao examinar o encontro do imigrante com o outro. A psicanálise oferece ferramentas para articular a economia psíquica e a política, reconhecendo a vulnerabilidade humana e as situações de miséria e desamparo frequentemente silenciadas. A presente pesquisa origina-se do Projeto MOVE – Movimentos Migratórios e Psicologia, que oferece atendimento psicanalítico a imigrantes forçados. Propor uma escuta a esses sujeitos rompe com o pacto social que muitas vezes nega as complexidades humanas e culturais. No trabalho clínico, surgiu a hipótese de que a imigração forçada pode reatualizar o desamparo do nascimento (Hilflosigkeit), colocando o sujeito diante do desamparo constitutivo da existência humana. Questiona-se que recursos podem ser mobilizados frente a isso e qual o papel de uma análise nesse processo, considerando a psicanálise como criação cultural humana. A metodologia utilizada é a pesquisa acadêmica em psicanálise, com base em textos de Freud, Lacan e psicanalistas contemporâneos, articulados com a construção de um caso clínico. O primeiro capítulo destaca o aparato jurídico já construído para assegurar direitos aos imigrantes, mas também aponta que isso, por si só, é insuficiente para garantir uma vida digna. A relação humana com a cultura é ambivalente, marcada por tensões entre forças que buscam preservá-la ou destruí-la, o que se reflete na experiência do imigrante forçado. Ao se deslocarem, esses sujeitos perdem referenciais simbólicos e enfrentam situações de exclusão, reatualizando o sentimento de desamparo e a resposta infantil frente a isso: uma submissão que produz inibições, sintomas e angústias, impedindo o movimento desejante. O segundo capítulo aborda a noção de desamparo para a psicanálise e o papel do tratamento psicanalítico nesse contexto, concluindo que, embora assustador, o desamparo pode ser visto como uma potência criativa. No terceiro capítulo, a partir de um caso clínico, discute-se como o desamparo pode ser tomado como fio condutor no tratamento psicanalítico oferecido a essa população, favorecendo um reposicionamento subjetivo do sujeito, a partir da elaboração do luto, o que impacta tanto a organização cultural quanto a inserção do sujeito no laço social. Defende-se a construção de um laço social mais permeável às diferenças e que permita a expressão criativa das pulsões humanas, sem recorrer ao aniquilamento uns dos outros. Em resumo, ao pensar no acolhimento dos imigrantes forçados, adota-se uma abordagem multidisciplinar que leva em consideração as especificidades dessa população, buscando não apenas o restabelecimento das suas condições materiais, mas também das condições simbólicas para a reconstrução da vida, por meio de uma cultura que sirva de amparo. Esta pesquisa enfatiza que, conjuntamente às medidas legais, um tratamento psicanalítico pode contribuir na construção de uma sociabilidade que permita ao imigrante encontrar formas dignas e criativas de ser e estar no novo território
     
    Abstract: International human displacement requires a legal framework that ensures and recognizes the existence of forced immigrants in host countries, as well as public policies for their integration and the construction of a sociability that favors their insertion into the social bond. In this research, forced migrations are located within their global social, political, and economic context, but also in the psychic realm, by examining the encounter of the immigrant with the other. Psychoanalysis provides tools to articulate the psychic economy and politics, recognizing human vulnerability and the situations of misery and helplessness that are often silenced. This research originates from the MOVE Project – Migratory Movements and Psychology, which offers psychoanalytic care to forced immigrants. Offering an attentive ear to these subjects means breaking with the social pact that often denies the complexities of human and cultural existence. In clinical work, the hypothesis arose that forced migration may reactivate the helplessness of birth (Hilflosigkeit), placing the subject in front of the constitutive helplessness of human existence. The question arises as to what resources can be mobilized in the face of this and what role analysis can play in this process, considering psychoanalysis as a human cultural creation. The methodology used is academic research in psychoanalysis, based on texts by Freud, Lacan, and contemporary psychoanalysts, articulated with the construction of a clinical case. The first chapter highlights the legal apparatus already built to ensure rights for immigrants, but also points out that this alone is insufficient to guarantee a dignified life. The human relationship with culture is ambivalent, marked by tensions between forces that seek to preserve or destroy it, reflected in the experience of the forced immigrant. Upon displacement, these subjects lose symbolic references and face situations of exclusion, reactivating the feeling of helplessness and the infantile response: submission, which produces inhibitions, symptoms, and anxieties, preventing the desire's movement. The second chapter addresses the notion of helplessness in psychoanalysis and the role of psychoanalytic treatment in this context, concluding that, although frightening, helplessness can be seen as a creative power. In the third chapter, based on a clinical case, it is discussed how helplessness can be taken as a guiding thread in psychoanalytic treatment offered to this population, favoring a subjective repositioning of the subject, through the elaboration of mourning, impacting both cultural organization and the insertion of the subject into the social bond. It is argued that the construction of a more permeable social bond to differences should be promoted, allowing the creative expression of human drives without resorting to the annihilation of one another. In summary, when considering the reception of forced immigrants, a multidisciplinary approach is adopted that takes into account the specificities of this population, seeking not only the restoration of their material conditions but also the symbolic conditions for the reconstruction of life, through a culture that is supportive. This research emphasizes that, alongside legal measures, psychoanalytic treatment can contribute to the construction of a sociability that allows the immigrant to find dignified and creative ways to be and exist in the new territory
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/96735
    Collections
    • Dissertações [285]

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