| dc.description.abstract | Resumo: Este trabalho de conclusão de curso (TCC) apresenta o resultado da pesquisa e reflexões a respeito do trabalho profissional das assistentes sociais vinculadas à política pública de saúde (Sistema Único de Saúde - SUS) nos sete municípios do litoral paranaense. Considerando que a realidade social está em constante movimento, portanto, é dinâmica e permeada por disputas de poder entre diferentes projetos que incorrem em avanços e retrocessos em relação a uma sociedade mais justa, parece fundamental refletir sobre o trabalho profissional de uma categoria que adota para si um referencial teórico crítico e possui um projeto transformador da sociedade, levando em conta como este projeto se realiza através do trabalho das assistentes sociais inseridas na política pública de saúde e constatando as possibilidades e limites que a realidade impõem à prática profissional. Especificamente, este TCC teve por objetivo, identificar os espaços socioocupacionais ocupados por assistentes sociais na política pública de saúde; Identificar o perfil profissional dessas assistentes sociais e compreender o trabalho profissional diante das condicionantes estruturais e institucionais da realidade em que estão inseridas. Para atingir os objetivos delimitados no projeto de pesquisa, nos inspiramos no método marxista de investigação, sendo assim, partimos do que há de mais concreto em nosso objeto de pesquisa, o trabalho profissional, para aos poucos ir desvelando as determinações estruturais e circunstanciais, fundamentando-nos no desenvolvimento histórico, e retornando novamente para nosso objeto central, que é o trabalho profissional das assistentes sociais vinculadas à política pública de saúde. Além da categoria teórica "trabalho", lançamos mão da categoria "cotidiano". Para capturar o trabalho profissional entrevistamos 18 assistentes sociais vinculadas à política pública de saúde (SUS) nos municípios do litoral paranaense. Como resultado, pudemos perceber algumas das formas como o processo de trabalho das assistentes sociais na política pública de saúde é regido pelas determinações estruturais do capitalismo e circunstanciais (do cotidiano). Ou seja, o Serviço Social é resultado, enquanto área profissional, da necessidade de resposta das classes dominantes às expressões da questão social. As profissionais são da classe trabalhadora, precisam vender sua força de trabalho e estão submetidas aos mandos e desmandos do capital, o qual mantém a hegemonia sobre a estrutura política, a organização das políticas públicas e centralmente a disputa do fundo público. As determinações do cotidiano, também incidem sobre a prática profissional de tal maneira que torna difícil trilhar caminhos alternativos aos estabelecidos pelas instituições. Isto, porque as instituições estão permeadas por relações de poder que geralmente não favorecem uma atuação profissional livre e progressista, ou que questione os empecilhos postos pela burocracia institucional para atender as demandas dos usuários. A falta de recursos na maioria dos municípios do litoral e até mesmo a ausência de uma gestão focada em projetos de médio e longo prazo, são outros elementos que pesam sobre o cotidiano e restringem a atuação profissional | pt_BR |
