Avaliação de ferramentas utilizadas para priorização do cuidado farmacêutico em pacientes internados no Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná
Resumo
Resumo : A utilização de medicamentos pode trazer diversos benefícios para a qualidade de vida da população. Entretanto, o seu uso irracional tem colocado em risco a segurança dos pacientes, especialmente daqueles que se encontram em ambientes hospitalares. Por este motivo, a busca pelo cuidado farmacêutico tem crescido exponencialmente e destacando os farmacêuticos clínicos como figuras chave para garantir a correta utilização da farmacoterapia. Diante desse cenário de aumento de demanda e escassez de recursos humanos qualificados, é cada vez mais imprescindível gerir os recursos e direcionar os esforços para onde eles são mais necessários, surgindo, com isso, as ferramentas de priorização de cuidado farmacêutico. Inicialmente, foi realizada uma revisão de literatura para identificar as ferramentas mais adequadas à realidade do CHC-UFPR, um hospital escola de atenção terciária localizado na cidade de Curitiba, Paraná. Após seleção das ferramentas, as mesmas foram traduzidas, adaptadas e aplicadas retrospectivamente em uma amostra de 191 pacientes das Unidades de Clínica Médica e Clínica Cirúrgica I, internados durante o período de maio até julho de 2023 no CHC-UFPR. Foram selecionados três sistemas de classificação de risco: o DRP (Drug related problems) Escore, elaborado por Urbinaet al. (2014), o MERIS (Medicine Risk Score), desenvolvido por Saedder et al. (2015) e o MOAT (Medicines Optimisation Assessment Tool), elaborado por Geeson et al. (2019). Dentre essas ferramentas, com a DRP Escore e MOAT desenvolvidas através de regressões estatísticas multivariáveis, enquanto a MERIS através de análise de dados obtidos da literatura. A aplicação dessas ferramentas demonstrou que houve uma concordância adequada na categorização de pacientes de alto risco, especialmente entre MOAT e DRP Escore. Também, após sete dias de internação, foi observado que o quadro dos pacientes tende a se agravar, aumentando o número de pacientes classificados como de maior risco. Como desfechos alcançados, houve uma fácil adaptação e replicação das ferramentas, principalmente com relação a MOAT, além de robustez nos resultados obtidos, o que sugere uma perspectiva favorável na utilização das ferramentas no contexto do hospital analisado Abstract : Medication use can bring various benefits to the quality of life of the population. However, irrational use has put patient safety at risk, especially for those in hospital environments. For this reason, the demand for pharmaceutical care has grown exponentially, highlighting clinical pharmacists as key figures in ensuring the correct use of pharmacotherapy. In this scenario of increased demand and a shortage of qualified human resources, it is increasingly essential to manage resources and direct efforts where they are most needed, leading then to the development of pharmaceutical care prioritization tools. Initially, a literature review was conducted to identify the tools most suitable for the reality of CHC-UFPR, a tertiary care teaching hospital located in Curitiba, Paraná. After tool selection, they were translated, adapted, and applied retrospectively to a sample of 191 patients from the Medical and Surgical Clinic Units, hospitalized from May to July 2023 at CHC-UFPR. Three risk classification systems were selected: the DRP (Drug related problems) Score, developed by Urbina et al. (2014), the MERIS (Medicine Risk Score), developed by Saedder et al. (2015), and the MOAT (Medicines Optimization Assessment Tool), developed by Geeson et al. (2019). Among these tools, DRP Escore and MOAT were developed through multivariate statistical regressions, while MERIS was developed through literature review. The application of these tools demonstrated adequate agreement in categorizing high-risk patients, especially between MOAT and DRP Score. Also, after seven days of hospitalization, the patients' condition tends to worsen, increasing the number of patients classified as higher risk. As key outcomes, there was easy adaptation and replication of the tools, especially regarding MOAT, as well as robustness in the results obtained, suggesting a favorable perspective for the use of these tools in the context of the analyzed hospital
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