Resistência ao sulfato de quinidina em artêmias : uma exploração em homeopatia

Abstract

Resumo : A ciência homeopática é uma especialidade médica e farmacêutica reconhecida no Brasil há mais de 30 anos e incluída no SUS há 18 anos. Apesar de apresentar resultados clínicos, por falta de elucidação de seu mecanismo de ação, enfrenta comparações errôneas ao efeito placebo. Por este motivo, é útil o desenvolvimento de trabalhos que apresentem resultados ligados à homeopatia em não humanos. Este trabalho buscou avaliar a resistência de artêmias ao sulfato de quinidina após tratamento com dinamizados da mesma substância em potências CH6, CH12 e CH30 durante o período de eclosão dos cistos. Para a análise, foi medida a concentração letal para 50% (CL50) da população por meio de teste de toxicidade preliminar em Artemia franciscana (Kellogg, 1906). O sulfato de quinidina foi dinamizado até a CH30. A eclosão dos cistos foi realizada em salina, considerado o controle, salina com sulfato de quinidina CH6, salina com sulfato de quinidina CH12 e salina com sulfato de quinidina CH30. Após a eclosão, os náuplios foram colocados em contato com soluções de sulfato de quinidina em salina com 1% de DMSO nas concentrações de 750 µg/mL; 500µg/mL; 250 µg/mL; 100 µg/mL; 50 µg/mL e 10 µg/mL e foi calculada a CL50. No tratamento salina a CL50 foi 283,752 µg/mL, no tratamento CH6 foi obtida CL50 de 220,036 µg/mL, no tratamento CH12 a CL50 foi de 217,688 µg/mL e no tratamento CH30 foi verificada uma CL50de 384,220 µg/mL, aproximadamente 100 µg/mL a mais que o controle. Com os resultados apresentados pode ser inferido que ocorreu um aumento na resistência das artêmias ao sulfato de quinidina quando tratadas com o sulfato de quinidina dinamizado na CH30

Abstract : Homeopathic science has been recognized as a medical and pharmaceutical speciality in Brazil for over 30 years and included in SUS (Unified Health System) for 18 years. Despite showing clinical results, it faces erroneous comparisons to the placebo effect due to the need for more elucidation of its mechanism of action. For this reason, it is useful to develop studies that present results related to homeopathy in non-humans. This study aimed to evaluate the resistance of Artemia to quinidine sulfate after treatment with dynamized solutions of the same substance at CH6, CH12, and CH30 potencies during the hatching period of the cysts. For the analysis, the lethal concentration for 50% (LC50) of the population was measured through a preliminary toxicity test in Artemia franciscana (Kellogg,1906). Quinidine sulfate was dynamized up to CH30. The cysts were hatched in saline, considered the control, saline with CH6 quinidine sulfate, saline with CH12 quinidine sulfate, and saline with CH30 quinidine sulfate. After hatching, the nauplii were placed in contact with quinidine sulfate solutions in saline with 1% DMSO at concentrations of 750 µg/mL; 500 µg/mL; 250 µg/mL; 100 µg/mL; 50 µg/mL and 10 µg/mL and the LC50 was calculated. In the saline treatment, the LC50 was 283.752 µg/mL, in the CH6 treatment the LC50 was 220.036 µg/mL, in the CH12 treatment the LC50 was 217.688 µg/mL, and in the CH30 treatment an LC50 of 384.220 µg/mL was observed, approximately 100 µg/mL more than the control. With the presented results, it can be inferred that there was an increase in the resistance of Artemia to quinidine sulfate when treated with dynamized quinidine sulfate at CH30