Eficiência do uso da proteína para ganho de peso em cordeiros Dorper x Santa Inês, recebendo três níveis de oferta de matéria seca, em confinamento
Resumo
Resumo: A ovinocultura apresenta potencial de produção de proteína de alta qualidade à população. Uma das grandes vantagens da ovinocultura se refere ao fato de ser uma atividade que exige pequenas áreas, sendo uma importante fonte de renda para pequenos produtores. Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito de diferentes níveis de oferta de matéria seca sobre o desempenho e a eficiência do uso de proteína para ganho de peso em cordeiros alimentados em confinamento. O estudo teve a duração de 73 dias, divididos em 15 dias de adaptação e dois períodos experimentais subsequentes de 30 e 28 dias, respectivamente. Foram utilizados 24 cordeiros mestiços Santa Inês com idade e peso corporal (PC) de 4 meses e 19,11 kg, respectivamente. Os animais foram alimentados com dietas isoprotéicas e isoenergéticas, com proporção volumoso:concentrado de 50:50. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos e oito repetições por tratamento, em duas fases: 1 – restrição durante os primeiros 30 dias experimentais; e 2 -realimentação durante os últimos 28 dias experimentais. Na Fase 1 os tratamentos foram: T1 - oferta de ração a 3,54% do PC em matéria seca (MS)/dia, T2 - oferta de 4,72% do PC em MS/dia e T3 - oferta de 5,90% do PC em MS/dia. Na Fase 2 todos os animais receberam uma oferta de 5% do PC em MS/dia. Diariamente, as sobras eram coletadas a fim de se mensurar o consumo através da diferença entre o ofertado. Quinzenalmente os cordeiros foram pesados e submetidos a coleta de amostras de sangue a fim de determinar os níveis séricos de albumina, glicose, ureia e creatinina. Não houve diferença (P > 0,05) entre tratamentos para o PC dos animais em nenhuma fase, com média de 26,09 kg de PC final. Da mesma forma, não se verificou diferença (P > 0,05) para ganho de peso, conversão alimentar (CA) e eficiência do uso da proteína para ganho (EPBg) em função dos tratamentos, com médias de 166,3 g/dia; 5,67 kg de MS/kg de ganho e 0,95 kg proteína bruta/kg ganho, respectivamente. A ausência de diferença na CA e EPBg entre os tratamentos pode estar relacionada desafios enfrentados pelos cordeiros no período pregresso ao experimento, como parasitoses, dieta má formulada e falhas no manejo durante o desmame. Não foram observadas (P > 0,05) diferenças nos níveis séricos de albumina e glicose, com médias de 3,44 g/dL e 83,2 mg/dL, respectivamente. Não foram observadas (p>0,05) diferenças nos níveis séricos de albumina e glicose, com médias de 3,44 g/dl e 83,2 mg/dl, respectivamente. Verificou-se diferenças (P < 0,05) nos níveis séricos de creatinina e ureia em função do tempo e entre os diferentes tratamentos, com médias de 0,81 mg/dL e 45,3 mg/dL, respectivamente. Foi observado efeito quadrático em relação à oferta de ração nos níveis séricos de ureia. Os resultados indicam a importância do padrão genético dos animais, a dieta e o manejo pregressos, uma vez que níveis adequados de nutrientes não resultaram em melhor desempenho dos animais Abstract: Sheep farming has the potential to produce high-quality protein for the population. One of the great advantages of sheep farming is that it is an activity that requires small areas and is an important source of income for small producers. The objective of this study was to evaluate the effect of different levels of dry matter supply on the performance and efficiency of protein use for weight gain in lambs fed in confinement. The study lasted 73 days, divided into 15 days of adaptation and two subsequent experimental periods of 30 and 28 days, respectively. Twenty-four Santa Inês crossbred lambs with age and body weight (BW) of 4 months and 19.11 kg, respectively, were used. The animals were fed isoprotein and isoenergetic diets, with a roughage:concentrate ratio of 50:50. A completely randomized design was used with three treatments and eight replicates per treatment, in two phases: 1 – restriction during the first 30 experimental days; and 2 - refeeding during the last 28 experimental days. In Phase 1, the treatments were: T1 - feed supply at 3.54% of BW in dry matter (DM)/day, T2 - supply of 4.72% of BW in DM/day, and T3 - supply of 5.90% of BW in DM/day. In Phase 2, all animals received an offer of 5% of BW in DM/day. The leftovers were collected daily in order to measure consumption through the difference between the offered amount. Every two weeks, the lambs were weighed and blood samples were collected in order to determine serum levels of albumin, glucose, urea, and creatinine. There was no difference (P > 0.05) between treatments for the BW of the animals in any phase, with an average of 26.09 kg of final BW. Likewise, no difference (P > 0.05) was observed for weight gain, feed conversion (FCR) and efficiency of protein use for gain (EPBg) according to the treatments, with averages of 166.3 g/day; 5.67 kg of DM/kg of gain and 0.95 kg of crude protein/kg gain, respectively. The absence of difference in FCR and EPBg between treatments may be related to challenges faced by the lambs in the period prior to the experiment, such as parasitosis, poorly formulated diet and management failures during weaning. No differences (P > 0.05) were observed in serum albumin and glucose levels, with averages of 3.44 g/dL and 83.2 mg/dL, respectively. No differences (P> 0.05) were observed in serum albumin and glucose levels, with averages of 3.44 g/dL and 83.2 mg/dL, respectively. Differences (P < 0.05) were observed in serum creatinine and urea levels as a function of time and between the different treatments, with averages of 0.81 mg/dL and 45.3 mg/dL, respectively. A quadratic effect was observed in relation to feed supply on serum urea levels. The results indicate the importance of the genetic pattern of the animals , previous diet and management , since adequate levels of nutrients did not result in better animal performance
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