Contribuição de diferentes metodologias para a construção de um protocolo de estabilidade de produtos cosméticos mais assertivo e robusto

Abstract

Resumo : O estudo de estabilidade de um produto cosmético é empregado para verificar possíveis alterações que o produto possa vir a apresentar desde a sua fabricação até o término de sua validade. Para estabelecer o prazo de validade, definido como o tempo em que o produto mantém as suas características físico-químicas dentro dos padrões pré-estabelecidos por lei e/ou aceitáveis pelo consumidor, são empregados protocolos padrões, descritos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no Guia de Estabilidade de Produtos Cosméticos de 2004, os ensaios visam submeter o produto à condições que aceleram a observação de possíveis fenômenos de instabilidade. Os ensaios propostos pela ANVISA são: centrifugação, estabilidade preliminar, estabilidade acelerada, compatibilidade e shelf-life. Contudo, a maior parte destes estudos demandam muito tempo para que seja possível acessar os resultados, e com a demanda crescente de mercado pelo lançamento de novos produtos, ter protocolos de avaliação mais curtos se torna um grande diferencial competitivo entre as empresas. Desta forma são utilizadas técnicas como a reologia e o LUMiSizer, que estimam a estabilidade das formulações em minutos/horas, ao contrário dos protocolos convencionais que podem levar anos. Além da aplicação de novos protocolos de avaliação é ressaltada a importância da utilização integral dos dados. Não devem ser considerados somente os dados novos que são gerados a todo instante, mas muito além disso, existe muito valor nos dados passivos. Por meio de Big Data é possível fazer tomadas de decisões mais assertivas baseadas em dados, podendo ser aplicado para atribuir prazos de validade complementares ao estabelecido inicialmente, a este novo prazo será denominado prazo de reteste. Por fim, salienta-se a importância de colocar o consumidor no centro das tomadas de decisão do negócio, corroborando com os objetivos de desenvolvimento sustentável propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU)

Abstract : The stability study of a cosmetic product is used to check for possible alterations that the product may show from the moment it is manufactured until the end of its shelf life. In order to establish the shelf life, defined as the time during which the product maintains its physical-chemical characteristics within the standards pre-established by law and/or acceptable by the consumer, standard protocols are used, described by Brazilian Health Regulatory Agency (ANVISA) in the 2004 Cosmetic Product Stability Guide. The tests aim to submit the product to conditions that accelerate the observation of possible instability phenomena. The tests proposed by ANVISA are: centrifugation, preliminary stability, accelerated stability, compatibility and shelf-life. However, most of these studies take a long time to access the results, and with the growing market demand for new product launches, having shorter evaluation protocols has become a major competitive advantage for companies. Techniques such as rheology and the LUMiSizer are used to estimate the stability of formulations in minutes/hours, unlike conventional protocols which can take years. Besides the application of new assessment protocols, the importance of making full use of data is emphasized. It's not just new data that is generated all the time that should be considered, but much more than that, there is a lot of value in passive data. Big Data makes it possible to make more assertive decisions based on data, and can be used to assign additional expiration dates to the one initially established, which will be called a retest period. Finally, the importance of putting the consumer at the center of business decision-making is highlighted, corroborating the sustainable development goals proposed by the United Nations (UN)