dc.description.abstract | O treinamento em altitude desde a década de 40 vem sendo um método muito utilizado para que corredores de longa distância melhorem seus desempenhos. Nesses ambientes a pressão parcial de oxigênio é diminuída, com isso, para um atleta se adaptar terá que alterar algumas funções fisiológicas ao nível cardiopulmonar, na composição sanguínea e músculo-esqueléticas. Estas alterações ocorrem para compensar a falta de oxigênio no ar atmosférico, e não são perdidas imediatamente após o retomo ao nível do mar. O objetivo desta pesquisa foi estudar as alterações fisiológicas e sua contribuição para modificações no desempenho em atletas corredores de longa distância expostos a um período de treinamento em altitudes. Este estudo foi desenvolvido através de uma revisão bibliográfica. Foram selecionados e analisados publicações de autores de livros, revistas, periódicos, monografias e artigos nacionais e internacionais presentes na biblioteca local, próximas e recolhidas nos sites de revistas oficiais científicas, presentes na internet. Os resultados mais significativos foram obtidos quando os treinamentos se realizaram por volta de 2300 metros de altitude, onde podem ocorrer alterações fisiológicas de forma aguda que predominam até as duas primeiras semanas, aumentando a aceleração na ventilação pulmonar e freqüência cardíaca. Com o prolongamento de permanência a essa altitude, as alterações crônicas começam a predominar, possibilitando o aumento das células sanguíneas como os eritrócitos e hemoglobina, que são promovidas pelo aumento da liberação da eritropoietina. Essa mudança melhora o transporte de oxigênio até os músculos, porém, para que ocorra o consumo de oxigênio no interior da célula muscular, são necessárias alterações químicas músculo-esqueléticas, como aumento das substâncias 2,3 difosglicerato, mioglobia, mitocôndrias e suas enzimas, e diminuição nas concentrações do ácido láctico. Estas alterações promovem uma melhor oxidação e produção de energia através das vias aeróbias, além de possibilitar uma maior resistência à fadiga em atividades submáximas. Sendo assim, conclui-se que apesar de ocorrer alterações fisiológicas que podem ser benéficas para o desempenho, muitos pesquisadores contradizem este método, mas, a maioria dos maratonistas em nível profissional e olímpico realiza este modelo de treinamento e com isso, recordes pessoais e mundiais vão sendo alcançados em suas provas ao nível do mar | pt_BR |