Discutindo a síndrome do overtraining, com ênfase aos aspectos imunológicos e nutricionais
Resumo
Resumo: Investigando o exercício como fator de indução de estresse, vários estudos tem demonstrado alterações agudas e crônicas no sistema imunológico. Tais alterações imunológicas sugerem uma relação entre os sistemas muscular, nervoso e endócrino, envolvendo perturbações na contagem total e subclasses de leucócitos, atividades funcionais de células imunológicas, concentração sérica de anticorpos e citocinas. Pesquisas sugerem que o treinamento físico de intensidade moderada aumenta a imunocompetência, ao passo que o treinamento intenso causa imunossupressão. O principal reflexo da imunossupressão é o risco aumentado de infecções no trato respiratório superior (ITRS). Infecções repetidas associadas a outros sinais e sintomas como fadiga, perda de apetite e diminuição da força muscular configuram a síndrome do overtraining, acometendo um grande número de atletas de alta performance. Como o aprimoramento das capacidades físicas dos atletas e a melhora nos rendimentos esportivos constituem uma questão central no desporto, é de suma importância o entendimento dos fatores que levam ao overtraining associado à depressão do sistema imunológico. Fatores relacionados ao treinamento, como volume e intensidade, bem como fatores extratreinamento, dentre os quais nutrição, viagens e questões psicossociais, influenciam na magnitude destas alterações. A suplementação com nutrientes específicos tem sido amplamente estudada na tentativa de reverter ou atenuar as respostas supressivas do sistema imune, assim como os sintomas do overreaching/overtraining. A literatura científica tem demonstrado melhores evidências em estudos com suplementação com carboidratos (CHO) na prevenção da imunossupressão e na atenuação dos efeitos deletérios do overtraining
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- Fisiologia do exercício [227]