Traços afrodiaspóricos da umbanda : uma análise dos processos comunicacionais do ritual e suas relações com o cosmograma bakongo

Abstract

Resumo: Ao se pensar na religião umbandista e em suas origens a partir da complexidade religiosa que permeia a sua formação cultural, entendendo que não se trata de uma umbanda, mas de diversas, que são resultados de inúmeros contatos e cruzamentos codificados de múltiplas formas e têm o processo comunicacional na sua centralidade — por meio da oralidade, dos corpos enquanto mídia, recepções e conversações —, a presente pesquisa utiliza como referencial teórico os princípios do pensamento africano bantu-kongo (Fu-Kiau) e seu Cosmograma Bakongo, para que, a partir do método etnográfico (registros imagéticos), possa destacar sentidos relacionados ao cosmograma e à cerimônia religiosa (gira) praticada no terreiro Vovó Benta, em Curitiba. Partindo de participações religiosas e observações, a pesquisa objetiva contribuir para o reconhecimento do valor comunicacional da umbanda, além de estudar o ritual umbandista como experiência comunicativa e simbólica, conectando-o com o conhecimento teórico da cultura Bakongo e seu cosmograma

Abstract: When considering the Umbanda religion and its origins based on the religious complexity that permeates its cultural formation, understanding that it is not just one Umbanda, but several, which are the result of countless contacts and intersections encoded in multiple ways and have the communication process at its center — through orality, bodies as media, receptions and conversations —, this research uses as a theoretical reference the principles of the African Bantu-Kongo thought (Fu-Kiau) and its Bakongo Cosmogram, so that, based on the ethnographic method (image records), it can highlight meanings related to the cosmogram and the religious ceremony (gira) practiced at Terreiro Vovó Benta, in Curitiba. Based on religious participation and observations, the research aims to contribute to the recognition of the communicational value of Umbanda, in addition to studying the Umbanda ritual as a communicative and symbolic experience, connecting it with the theoretical knowledge of the Bakongo culture and its cosmogram