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    Prevalência e fatores de risco associados de anticorpos anti-Toxoplasma gondii e outros patógenos em uma população carcerária feminina

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    R - T - GABRIEL LUIS BRUCINSKI PINTO.pdf (5.460Mb)
    Data
    2023
    Autor
    Pinto, Gabriel Luís Brucinski
    Metadata
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    Resumo
    Resumo: O Brasil é o país com a quinta maior população carcerária feminina do mundo. Tal população é descrita como uma das mais vulneráveis e com maior taxa de morbidade e mortalidade por doenças. Apesar do ecossistema de encarceramento poder favorecer a propagação de inúmeras doenças zoonóticas, entre elas a toxoplasmose, toxocaríase e estrongiloidíase, especialmente quando estão presentes animais abandonados, nenhum estudo abrangente se concentrou na dinâmica dessas doenças no Brasil. Nesse sentido, dentro da ótica da Saúde Única (One Health), o presente estudo teve como objetivo avaliar sorologicamente a exposição aos agentes zoonóticos (Toxoplasma gondii, Toxocara spp. e Strongyloides stercoralis), bem como, fatores de risco associados, em população carcerária, servidores e gatos ferais ocupantes da Penitenciária Feminina do Paraná/BR. Para tanto, foi realizado inquérito soroepidemiológico em presidiárias e agentes penitenciário para anticorpos anti- T. gondii (IgG), por meio do teste de imunofluorescência indireta (RIFI), e para anticorpos anti- T. spp. (IgG) e anti- S. stercoralis (IgG) por teste ELISA. Gatos também foram testados para anticorpo anti - T. gondii por RIFI e foi realizada coleta e análise de solo para detecção de ovos de T. cati, através de análise molecular por PCR. Para toxoplasmose, no geral, 230/506 (45,5%) mulheres encarceradas, 31/91 (34,1%) agentes penitenciários e 23/39 (59,0%) gatos foram soropositivos para anticorpos anti-T. gondii. A regressão logística revelou que a probabilidade de soropositividade aumentou com o consumo de carne crua (p=0,040) e diminuiu com o nível de escolaridade (p=0,001). Não foi encontrada diferença estatística comparando a soropositividade entre mulheres encarceradas e agentes penitenciários (p=0,0572) para toxoplasmose. No geral, 23/39 (59,0%) gatos foram soropositivos para anticorpos anti- T. gondii. Para toxocaríase, um total de 234/370 (63,2%) mulheres encarceradas e 28/87 (32,2%) agentes penitenciários foram soropositivos para anti-Toxocara spp., com reclusas 2,62 vezes mais prováveis de serem positivas. O modelo univariado identificou que presidiárias não brancas (OR= 1,58, p=0,047) e maiores de 39 anos (OR= 1,28, p=0,032) estavam associadas a chances significativas de soropositividade para toxocaríase. A escolaridade também foi considerada fator de proteção para soropositividade de Toxocara spp.. A presença de ovos de Toxocara spp. foi observada em 10/15 (66,7%) amostras coletadas e a PCR revelou que todos os locais estavam contaminados por ovos de T. cati. Para estrongiloidíase, no geral, 356/503 (70,8%) das mulheres encarceradas foram soropositivas para anticorpos anti- S. stercoralis, sem fator de risco estatisticamente associado à essa prevalência, e um total de 57/92 (62,0%) agentes penitenciários também soropositivaram. A regressão logística revelou uma probabilidade aumentada de soropositividade (OR = 7,2) de anticorpos anti- S. stercoralis em agentes penitenciários com mais de 50 anos. Nossos resultados sugerem uma alta exposição à fezes de gatos durante o encarceramento, como fator de risco para toxoplasmose e para toxocaríase, e uma alta endemicidade de S. stercoralis, provavelmente associada a um histórico de exposição prévia. Desse modo, estudos como este, com abordagem em Saúde Única, podem subsidiar gestores na implementação de políticas públicas que visem mitigar a circulação de agentes patogênicos durante o encarceramento.
     
    Abstract: Brazil is the country with the fifth largest female prison population in the world. This population is described as one of the most vulnerable and with the highest rate of morbidity and mortality due to disease. Although the incarceration ecosystem may favor the spread of numerous zoonotic diseases, including toxoplasmosis, toxocariase and strongyloidiasis, especially when abandoned animals are present, no comprehensive study focused on the dynamics of these diseases in Brazil. In this sense, from the perspective of One Health, the present study aimed to evaluate the serological exposure to zoonotic agents (Toxoplasma gondii, Toxocara spp. and Strongyloides stercoralis), as well as associated risk factors, in the prison population, correctional officers and feral cats occupying the Women's Penitentiary of Paraná/BR. Therefore, a seroepidemiological survey was carried out on inmates and prison staff, for anti-T. gondii antibodies (IgG) using the indirect immunofluorescence test (IFAT) and, for anti-T. spp. antibodies (IgG) and anti-S. stercoralis (IgG) by ELISA test. Cats were also tested for anti-T. gondii antibodies by IFAT and soil collection and analysis was carried out to detect T. cati eggs, through molecular analysis by PCR. For toxoplasmosis, overall, 412/506 (54.5%) incarcerated women, 31/91 (34.1%) correctional officers and 23/39 (59.0%) cats were seropositive for anti- T. gondii. Logistic regression revealed that the probability of seropositivity increased with the consumption of raw meat (p=0.040) and decreased with the level of education. No statistical difference was found comparing seropositivity between incarcerated women and prison guards (p=0.0572) for toxoplasmosis. In general, 23/39 (59.0%) cats were seropositive for anti- T. gondii antibodies. For toxocariasis, a total of 234/370 (63.2%) incarcerated women and 28/87 (32.2%) correctional officers were seropositive for anti-Toxocara spp., with female inmates 2.62-fold likely positive. The univariate model identified that non-white inmates (OR= 1.58) and those over 39 years old (OR= 1.28) were associated with a significant chance of seropositivity for toxocariasis. Education was also considered a protective factor for Toxocara spp. seropositivity. Schooling was also considered a protective factor against Toxocara spp. seropositivity. The presence of Toxocara spp. eggs. was observed in 10/15 (66.7%) collected samples and PCR revealed that all sites were contaminated by T. cati eggs. For strogiloidiasis, overall, 356/503 (70.8%) of incarcerated women were seropositive for anti-S. stercoralis antibodies, with no risk factor statistically associated with this prevalence, and a total of 57/92 (62.0%) prison officers also tested positive. Logistic regression revealed an increased probability of seropositivity (OR = 7.2) for anti-S. stercoralis antibodies in prison officers over 50 years of age. Our results suggest a high exposure to cat feces during incarceration, as a risk factor for toxoplasmosis and toxocariasis, and a high endemicity of S. stercoralis, probably associated with a history of previous exposure. Thus, studies such as this one, with a One Health approach, can support managers in the implementation of public policies aimed at mitigating the circulation of pathogens during incarceration.
     
    URI
    https://hdl.handle.net/1884/94244
    Collections
    • Teses [88]

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