Comparision of three strategies (urgent vs. early vs. planned-start) of peritoneal dialysis initiation in incident end stage kidney disease patients
Resumo
Resumo: Introdução: Os desfechos clínicos em relação a diferentes estratégias de tempo até o início (break-in) da diálise peritoneal (DP) em pacientes com doença renal crônica (DRC) em estágio avançado ainda não estão bem estabelecidos. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do momento do início da DP sobre os desfechos clínicos nos primeiros 180 dias após o início da DP. Métodos: Uma análise retrospectiva foi realizada em 282 pacientes com DRC em estágio avançado incidentes em DP no Centro de Tratamento de Doenças Renais (CTDR) de Joinville- SC entre novembro de 2016 e julho de 2022. Os pacientes foram divididos em três grupos de acordo com o tempo de break-in e de tratamento prévio com hemodiálise (hD). Desta forma os pacientes foram classificados como de início urgente (DP-IU), quando iniciaram a DP dentro de 3 dias após a inserção do cateter, sem HD prévia; grupo de início precoce (DP-Pr), início dentro de 14 dias, incluindo aqueles que realizaram HD por até 30 dias; DP planejada (DP-Plan), após 15 dias, sem HD prévia. Os principais desfechos, como complicações, hospitalização, mortalidade e taxas de sobrevida da técnica, foram comparadas após 180 dias de terapia. Resultados: Este estudo incluiu 282 pacientes: 118 (41,8%) no grupo DP-IU, 117 (41,5%) no DP-Pr e 47 (16,7%) no DP-Plan. Entre os DP-Pr, 86 (73,5%) já haviam sido submetidos à HD anteriormente. A maioria dos cateteres (55,3%) foi inserida pela técnica de Seldinger; entretanto, seu uso foi significativamente menor no grupo DP-Pr (47%, p=0,042). As principais complicações precoces foram as mecânicas, como disfunção do cateter (10,3%) e extravasamento (9,6%), sendo o extravasamento significativamente mais comum no grupo DP-Pr em comparação ao grupo DP-Plan (16,2% vs. 2,1 %, p=0,045). A disfunção mecânica precoce ocorreu com mais frequência no grupo DP-IU do que no grupo DP-Pr (17,9% vs. 6%, p=0,024). Porém, a necessidade de intervenção cirúrgica, bem como as taxas de internações e óbitos não foram significativamente diferentes entre os grupos. A sobrevida da técnica diferiu significativamente, com mais saídas da terapia durante os 180 dias iniciais no grupo DP-Pr do que no grupo DPPlan (19,7% vs. 4,3%, p=0,045). A análise multivariada apontou que HD prévia (HR=4,53, IC 95% 1,004-20,4, p=0,049) e hospitalizações (HR=3,32, IC 95% 1,63— 6,79, p=0,001) foram preditores de saída da DP, enquanto o ensino fundamental completo foi um fator associado à manutenção dos pacientes em DP (HR=0,46, IC 95% 0,23—0,90, p=0,024). Conclusão: O início da DP dentro de 72 horas após a inserção do cateter apresenta complicações limitadas, tornando-se uma alternativa viável para pacientes com DRC, na maioria das situações que necessitam de diálise de urgência Abstract: Introduction: The clinical outcomes in relation to different break-in strategies of initiating peritoneal dialysis (PD) in end-stage kidney disease (ESKD) patients, are not established. The aim of the present study was to assess whether or not the timing of PD initiation had any impact on clinical outcomes of PD patients who initiated renal replacement therapy (RRT) within the first 180 days after catheter implantation. Methods: We conducted a retrospective analysis of incident ESKD patients who began PD at the Center for Treatment of Renal Diseases (CTDR) in Joinville-SC between November 2016 and July 2022. The patients were divided into three groups according to the break-in period and previous hemodialysis (HD) treatment. The urgent-start (US-PD) group which initiated PD within 3 days of catheter insertion without previous prior HD therapy; early-start (ES-PD) group which included those who underwent HD for up to 30 days, within 14 days after catheter implantation; planned PD (Plan-PD) which included those without previous HD treatment, after 15 days of catheter insertion. Complications, hospitalization, patient mortality, and technique survival rates were compared after 180 days of therapy. Results: This study enrolled 282 patients: 118 (41.8%) in US-PD group, 117 (41.5%) in ES-PD, and 47 (16.7%) in Plan-PD. Among ES-PD, 86 (73.5%) had previously undergone HD therapy. Moreover, most catheters (55.3%) were inserted using the Seldinger technique; however, its use was significantly lower in the ES-PD group (47%, p=0.042). The primary early complications included mechanical issues such as catheter dysfunction (10.3%) and leakage (9.6%), which was significantly more common in the Es -PD group compared to Plan-PD group (19.7% vs. 4.3%, p=0.045). Early mechanical catheter dysfunction occurred more frequently in US-PD patients than in ES-PD patients (17.9% vs. 6%, p=0.024). However, the need for surgical intervention, as well as the rates of hospitalizations and death, were similar between the groups. Technique survival differed significantly, with patient dropout over the initial 180 days occurring more frequently in the ES-PD group than in the Plan-PD group (19.7% vs. 4.3%, p=0,045). Finally, in the multivariate analysis, previous HD therapy (HR=4.53, CI 95% 1.00420.4, p=0,049) and hospitalization (HR=3.32, CI 95% 1.63-6.79, p=0.001) were significant predictors of dropout, while a complete primary education (HR=0.46, Cl 95% 0.23-0.90, p=0.024) was a factor associated with the maintenance of patients on PD. Conclusion: Initiating PD within 72h after catheter insertion presents limited complications, making it a feasible alternative for ESKD patients who urgently require dialysis
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