dc.description.abstract | Na agenda dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável permanece o comprometimento com a erradicação das doenças negligenciadas, cujas prioridades brasileiras são: dengue, doença de Chagas, esquistossomose, hanseníase, leishmaniose, malária e tuberculose. Nesse contexto, vários governos, organizações internacionais e acadêmicos têm afirmado que a nanomedicina poderá melhorar a qualidade de vida das populações acometidas por essas doenças. O Brasil promoveu a nanomedicina desde o Programa Nacional de Nanotecnologia em 2005 e a Iniciativa Brasileira de Nanotecnologia, do ano de 2012, destaca como nicho a ser explorado o diagnóstico e tratamento das doenças negligenciadas. Por essas razões, realizou-se entrevistas com seis dos 79 grupos de pesquisa que atuam na área de nanomedicina para doenças negligenciadas, com intuito de analisar o estímulo das políticas de nanotecnologia nas atividades de pesquisa dos grupos. Constatou-se que, em alguns momentos, os grupos tendem a minimizar o papel das políticas para a nanotecnologia. Por outro lado, destacam a participação em vários editais destinados a financiamento de pesquisas, infraestrutura e formação de redes. Porém, observa-se que tanto o estímulo dado pelas políticas de nanotecnologia, como a dinâmica construída pelos grupos, evidencia uma trajetória que se orienta para os aspectos técnicos do diagnóstico e tratamento, não considerando fatores socioeconômicos, ambientais e culturais que determinam e condicionam essas enfermidades. | |