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dc.contributor.authorJulia Passero
dc.contributor.authorLuísa Xavier
dc.creatorUniversidade Estadual de Campinas
dc.creatorUniversidade de Brasília
dc.date.accessioned2024-11-13T13:48:36Z
dc.date.available2024-11-13T13:48:36Z
dc.date.issued2019-06-10
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/92796
dc.description.abstractIntrodução e objetivos: A inserção da mulher no mercado de trabalho é recente, ocorreu com a Segunda Guerra Mundial, devido a necessidade das mulheres assumirem as atividades dos homens que foram para as frentes de batalhas (PROBST, 2003). Para a autora o processo de inserção da mulher no mercado de trabalho vem sendo acompanhado por uma expressiva discriminação, no que diz respeito as posições que as mulheres ocupam nas profissões, e principalmente com relação as diferenças salariais entre homens e mulheres (PROBST, 2003). Apenas na década de 70 as mulheres começaram a conquistar as profissões com mais destaque. Entretanto, Segundo Gomes (2008), mesmo as mulheres constituindo a metade da população, sua representação equivale apenas 5% dos líderes mundiais. Apesar do conhecimento sobre o cenário internacional e seus representantes, desconhecemos a frequência das mulheres que atuam em cargos de gestão esportiva no futebol. Portanto nosso estudo tem como objetivo geral analisar a inserção das mulheres em cargos de diretorias nas federações brasileiras de futebol. Métodos: Foram coletados dados através de documentos e organogramas disponíveis nos sites das Federações Estaduais. Para obter as informações não encontradas no site, utilizamos contato por meio de telefonemas e e-mails. Levamos em consideração os cargos das diretorias previstas no estatuto e cargos nomeados por Portaria, que são dados como Presidente, Vice-presidente, Diretor(a) e em alguns casos, Gerentes e Superintendentes. Como uma limitação do nosso estudo, algumas das federações analisadas não possuem um organograma definido, podendo ter divergência de nomes de diretorias entre o registrado e o funcional. Os dados foram tabulados em planilha Microsoft Excel®. Utilizamos as frequências relativas e absolutas para analisar a quantidade de homens e mulheres que ocupam os cargos das diretorias esportivas. Para a análise dos dados também foram elaborados gráficos, a fim de uma melhor visualização dos resultados obtidos através do software GraphPad Prism®. Resultados e Discussão: Ao todo foram coletados 222 cargos de diretorias de 26 estados mais o Distrito Federal. As mulheres representam aproximadamente 8% das diretorias das federações de futebol em todo Brasil. Sendo que em 62% dos estados não há presença de nenhuma mulher. Nos cargos das presidências encontramos apenas uma mulher como presidenta (3,7%), posicionada na Federação Paraibana e três mulheres como vice presidentas (3,95%). A região Nordeste houve o maior número de mulheres presentes nos cargos das diretorias (16%). Inclusivamente, no estudo realizado por Gomes (2012), a primeira mulher presidenta da Federação de Futebol no Brasil foi na Paraíba, Rosilene Gomes em 1986. Em contrapartida, nas demais regiões, Centro-Oeste, Sudeste e Sul foram encontradas a presença de mulheres abaixo de 6%, destacando a região Norte, com apenas 1,7% de representatividade feminina. Ao analisar o gênero dos profissionais que atuam em cargos de gestão esportiva no futebol brasileiro verificamos maior participação das mulheres apenas em cargos de menor liderança e visibilidade, como Diretor(a), Gerentes e Superintendentes (10%). E ainda, a participação das mulheres na presidência é aproximadamente apenas de 4%. Podemos explicar esses dados com o fenômeno denominado de “teto de vidro”. A expressão é utilizada para retratar uma barreira invisível que impede as mulheres de ocuparem as posições de liderança. As mulheres visualizam os cargos acima delas, mas não conseguem alcança-los em virtude da barreira invisível existente. Esse fenômeno também foi representado no presente estudo pela baixa presença de mulheres nos cargos de presidência e vice-presidência, comparadas aos demais cargos de gestão. Apesar do aumento de mulheres no campo esportivo, como atletas, pouco se sabe sobre os cargos de liderança. Os resultados desse estudo e de estudos anteriores confirmam que a participação feminina ainda é restrita a base da pirâmide hierárquica esportiva (ROCHA, 2006). Considerações Finais: Para Romariz (2008) não só o preconceito de gênero explica o predomínio masculino em cargos das diretorias na gestão esportiva, mas também a inexistência de incentivos por meio de políticas para uma maior inserção das mulheres nos cargos de liderança. Nessa perspectiva, reforçamos que, além dos debates sobre gênero realizados no contexto esportivo, é essencial que federações e confederações brasileiras criem oportunidades, como por exemplo, implementar normas e inserir cláusulas no estatuto, que assegure uma maior contratação de mulheres nos cargos de diretoria esportiva e políticas que facilitem a sua permanência. Pesquisas qualitativas que investiguem a qualificação dessas mulheres e o perfil de liderança também são de fundamental importância para compreensão e entendimento de como sucedeu a entrada das mulheres no meio cargos majoritariamente ocupado por homens.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofIV Seminário Internacional de Gestão e Políticas para o Esporte (SIGPE 2019)
dc.subjectmulheres
dc.subjectfederações de futebol
dc.subjectgestão esportiva
dc.subjectdiretorias.
dc.titleA mulher nos cargos de gestão nas federações do futebol brasileiro em 2019
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs1479


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