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dc.contributor.authorRenata Adele de Lima Nunes
dc.contributor.authorAlex Karrel de Sousa Albuquerque
dc.creatorUniversidade Federal do Ceará, Perícia Forense do Ceará
dc.creatorPerícia Forense do Ceará; Prefeitura Municipal de Fortaleza
dc.date.accessioned2024-11-13T13:05:24Z
dc.date.available2024-11-13T13:05:24Z
dc.date.issued2020-09-15
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/92694
dc.description.abstractINTRODUÇÃO: A pandemia Covid-19, para além de seus efeitos na saúde e economia nos países, trouxe com ela inúmeros desafios de governança para os serviços públicos como um todo. A nova ordem imposta aos trabalhadores da saúde e da segurança pública acabou por reorientar muitos dos procedimentos realizados nos diversos serviços voltados ao atendimento a vítimas de violência. A violência, fenômeno multissistêmico que é, tem sido agravada pelo novo status social, na medida em que a pandemia, ao  somar crises econômicas, políticas e sanitárias, impactou de modo inesperado e súbito grande parcela da população mundial, expondo nossas fragilidades estruturais em todos os níveis. OBJETIVO: Relatar a experiência no atendimento a vítimas de violência em um serviço de medicina legal. METODOLOGIA: Estudo descritivo do tipo relato de experiência sobre o atendimento a vítimas de violência no serviço de Medicina Legal no Núcleo de Perícias Médicas do Vale do Jaguaribe (Perícia Forense do Ceará), em Russas, Ceará. O período considerado foi de abril a julho de 2020. RESULTADOS: Foram observadas mudanças na dimensão organizacional (diminuição da carga horária presencial, com aumento de horas em home office; redistribuição de pessoal para preservar do contato direto com o público profissionais pertencentes a grupos de risco para complicaçãoes de covid-19; atraso na entrega de equipamentos de proteção individual comprometeu a realização de exames, com prejuízo à recuperação de provas); dimensão do atendimento à vítima (o uso de máscara e distanciamento social interferem na relação estabelecida entre o profissional e a vítima; a falta de visualização do rosto do profissional dificulta à vítima absorver nuances de empatia transmitidas por linguagem não-verbal, o que é desejável nesse contexto; também forçam a elevar o tom de voz, que pode assumir caráter ameaçador e tornar-se gatilho para pessoas já sensibilizadas, o que pode dificultar a coleta de informações e estabelecimento de confiança); dimensão da saúde do trabalhador ( cerca de cinquenta por cento dos profissionais da equipe do núcleo teve de se afastar devido à infecção por covid-19, resultando em sobrecarga nos outros membros da equipe; alguns dos profissionais envolvidos sofreram perdas familiares pela doença, o que acarretou mais carga de estresse e resultou em mais dias de afastamento). O núcleo de Russas não possui serviço de apoio ao trabalhador, porém foi disponibilizado serviço de apoio psicológico por telefone, pela gestão central de saúde do trabalhador. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Num contexto complexo como o que nos é apresentado, a medicina legal é ferramenta potente para aquisição da justiça, e o fator humano não deve ser prescindido quando diante de pessoas vítimas de violência. A despeito das dificuldades encontradas, o serviço de Medicina Legal no Núcleo de Perícias Médicas do Vale do Jaguaribe não foi interrompido, e embora não tenham sido alcançadas as condições ideais, o direito ao atendimento às vítimas da violência pôde ser assegurado.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofI Seminário Internacional sobre Violência, Tecnologias e Saúde no contexto do coronavírus (COVID-19)
dc.titleATENDIMENTO A VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA EM SERVIÇO DE MEDICINA LEGAL NO CONTEXTO DA PANDEMIA COVID-19: relato de experiência
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs3271


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