CULTURA POPULAR OU ETNOLOGIA? DIFERENÇAS CONCEITUAIS DE NOMENCLATURA DO MAE-UFPR
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Data
2017-11-09Autor
Bárbara Bueno Furquim
Ana Luisa de Mello Nascimento
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Mostrar registro completoResumo
O MAE-UFPR, desde sua fundação até os dias atuais, passou por três momentos institucionais no qual teve seu nome alterado. Nos seus primeiros anos (1958 a 1977) o então Museu de Arqueologia e Artes Populares de Paranaguá (MAAP), dirigido por José Loureiro Fernandes, tinha como base de suas pesquisas as ideias ligadas ao Evolucionismo e ao Movimento Folclórico, grupo do qual Loureiro participava. A primeira exposição do MAAP “O Roteiro Evolutivo das Técnicas” e a então Seção de Arte Populares tinham como foco principal o Caboclo, entendido, naquela época, como um tipo regional característico do litoral paranaense. Durante os anos de 1980 o MAAP inicia um processo de reformulação culminando no ano de 1992 com a troca do seu nome para Museu de Arqueologia e Etnologia de Paranaguá (MAEP). Esse processo é acompanhado pela doação do acervo da coleção etnologia indígena do DEAN, no ano de 1994, a qual já estava sob a guarda do museu desde a década 1960. A nova denominação pode ser entendida como uma disputa conceitual dentro da área da Antropologia, uma vez que fora retirado o termo Artes Populares, mas manteve-se o nome de Paranaguá. Entretanto, poucos anos depois, em 1999, o MAEP muda, pela terceira vez, seu nome e passa a ser chamado como o conhecemos hoje: Museu de Arqueologia e Etnologia da UFPR (MAE-UFPR). Desta maneira, ocorre a desassociação do nome do museu ao nome de Paranaguá e, consequentemente, com as ideias anteriores do museu. Desta maneira, é exatamente acerca dessa profusão de diferenças conceituais sobre as nomenclaturas do Museu que este trabalho irá dedicar sua investigação. Para isto, foi realizada uma pesquisa no acervo documental do MAE-UFPR, na qual foram levantadas informações sobre estes processos, bem como uma pesquisa junto à autores que trabalham as relações entre Museus, Cultura Popular e Etnologia.