dc.description.abstract | Este artigo explora a abordagem do design especulativo na moda, como uma possível prática metodológica para o campo. Baseado em pesquisas bibliográficas e documentais, o estudo apresenta uma revisão narrativa da literatura e discute, pela perspectiva do design especulativo, críticas produzidas por designers, marcas e suas coleções sobre a materialidade e insustentabilidade da moda. Tais designers e marcas são: a designer inglesa Katharine Hamnett; a pesquisadora Suzanne Lee; a varejista sueca H&M; a marca francesa Le Coq Sportif; a estilista holandesa Iris Van Herpen e a estilista britânica Stella McCartney. As coleções discutidas não necessariamente fazem referência ao design especulativo e muitas configuram-se como produtos de uso. Todavia, ainda são uma exceção à regra e carregam consigo especulações de cenários futuros alternativos à adoção de uma moda mais sustentável e de outro tipo de materialidade, o que acaba por gerar repercussões e espaços de debate, sendo esse o foco deste artigo. Como resultado foi encontrado que as coleções trazidas no estudo provocaram repercussões positivas em diversos espaços midiáticos, oferecendo, metaforicamente, voz para as questões materiais e de sustentabilidade na moda. Também foi notado um direcionamento ao uso de biomateriais para a inovação neste setor. | |