Os usos da religião nas eleições de Fortaleza em 2020
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Data
2021-12-18Autor
Kerolaine de Castro Oliveira
Karoline Braga Moura
Mikaele Pereira de Sousa
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Este trabalho analisa o período político de disputa para Prefeitura de Fortaleza tendo em vista atuação de importantes atores evangélicos e católicos do campo religioso no fortalecimento de campanha eleitoral do candidato Capitão Wagner. Tem como objetivo apresentar uma análise acerca dos usos da religião, por parte de lideranças católicas e evangélicas, colocamos em destaque o candidato Capitão Wagner nas eleições para a Prefeitura de Fortaleza em 2020. Valeu-se de coleta de dados através das redes sociais dos atores religiosos e políticos, sobretudo, do candidato em questão, como postagens, interações e lives, e por fim tratamento do material coletado, valendo-se de analises de discursos e imagens que faziam uso de fala religiosa ou acionava o campo religioso diretamente por meio de declaração de apoio, orações e pautas cristãs. O trabalho mostra como os políticos, em específico, Capitão Wagner, se apodera de um segmento importante e inerente à sociedade, que é a religião, e utiliza isso para se beneficiar e conseguir adeptos. Capitão Wagner fez isso, e fica claro que todas as suas escolhas em relação à campanha tinham um cunho religioso. E, isso não foi aleatório, mas muito bem-intencionado. Ademais, o político emprega-se da religião para ampliar sua base eleitoral, e a ponte para isso foi as redes sociais. Tais fatos significam que as mídias sociais, principalmente na pandemia, não se tornaram apenas um meio de interlocução entre o eleitor e o candidato, como adicionado ao elemento religião, se tornou capaz de ser uma nova forma estratégia de se fazer político. Portanto, o trabalho irá acrescentar à literatura cientifica, ao trazer entendimento sobre a temática da religião como um elemento essencial nas campanhas eleitorais de 2020 e continua sendo. Uma vez que, a parte conservadora da comunidade, em grande parte os católicos e protestantes, fazem parte do eleitorado.Palavras-chave: politica; eleições 2020; Fortaleza; religião; Capitão Wagner. DOI: 10.5380/2dcp2021.artcomp01p13-58