| dc.description.abstract | O objeto do artigo é a atuação do PMDB na crise política que culminou no impeachment da presidente Dilma Rousseff (2015-2016). Para tanto, analisamos de que forma os principais dirigentes do partido intervieram nas diferentes dimensões de tal processo, como: a-) a crise econômica que afastou parcelas significativas do empresariado do governo Dilma; b-) a crise do regime político que se materializou no conflito entre Executivo e Legislativo; c-) o questionamento dos principais partidos e lideranças políticas no bojo da operação Lava Jato. Dessa forma, elaboramos uma cronologia detalhada dos processos citados e avaliamos os posicionamentos das principais lideranças do PMDB em cada um. Utilizamos publicações da grande imprensa, do próprio PMDB, além de dados sobre o comportamento das bancadas deste partido na Câmara dos deputados e no Senado Federal. Partimos das seguintes hipóteses: 1-) o PMDB, no período de vigência da Constituição de 1988, atuou, prioritariamente, como um partido de patronagem, preconizando a obtenção de verbas e de cargos para seus integrantes em troca do apoio do partido ao governo do momento; 2) na conjuntura de crise do segundo governo Dilma Rousseff, o papel do PMDB se ampliou. Como articulador do impeachment, o partido logrou dirigir uma ampla frente política composta por substantiva fração do empresariado, das elites políticas e judiciais do país e da alta classe média que se mobilizou nas ruas pelo impedimento de Dilma. | |
