dc.description.abstract | Apesar de todos os esforços de marginalização e das formas distintas de violência política de gênero que sofrem, as mulheres políticas utilizam das mais diversas estratégias para alcançar lugares de poder. Dentre essas, destaca-se o uso das redes sociais digitais, as quais têm sido utilizadas como ferramenta de expansão da esfera pública e da democracia. Em vista disso, analisamos a campanha eleitoral nas redes sociais, Facebook e Instagram, das mulheres candidatas à vereança de Belém (PA), em 2020. Investigamos a seguinte hipótese de trabalho: as candidaturas com mais recursos e votos fazem uso das redes sociais digitais como meio de divulgação. Para testar esta hipótese, verificamos qual a correlação entre o montante de distribuição dos fundos eleitorais e votos, entre as candidatas que utilizavam, deixaram de utilizar ou não tiveram as redes sociais identificadas. Em síntese, a correlação foi negativa para as candidatas que não tiveram suas redes sociais identificadas. Por outro lado, a correlação foi positiva para as candidatas que tinham redes sociais e as usavam para fazer campanha, assim como para as que não usavam. Observou-se que todas as candidatas que receberam entre 0 a 10 votos não usavam redes sociais para fazer campanha, apesar disso, elas receberam vastos recursos do Fundo Eleitoral de Financiamento de Campanha (FEFC) e do Fundo Partidário. | |