A teoria crew : sobre breaking, pedagogias e transgressão
Resumo
Resumo: O objetivo deste trabalho é mostrar o breaking como uma forma de produção de conhecimento com pedagogias próprias e organizações peculiares. O método de inserção no campo inspirou-se na técnica de observação participante. Acompanhei um grupo da periferia de Curitiba colocando meu próprio corpo como instrumento através do qual procurei alcançar cognições, relações e organizações elaboradas ao longo dos treinos, das festas e das batalhas. Considerando a dança como conhecimento e dançarinos como uma intelectualidade que constitui sua visão de mundo, este estudo abrangeu a análise de uma periferia compreendendo-a como uma rede de relações culturais, baseada na diversidade e heterogeneidade de acesso a bens e serviços. As considerações finais para este texto são de que o breaking é uma forma de produção de conhecimento popular, negra e latina, urbana e periférica, baseada tanto na resposta à condições estruturais opressoras do presente, quanto na conexão com ancestralidades. Isso resulta em um método de organização do grupo e de produção de movimento que é contra-hegemônico, uma vez que é coletivo e preconiza o protagonismo e a autonomia de quem dança, além de privilegiar a personalidade como constituinte da identidade de movimentação. Abstract: The objective of this work is to show breaking as a form of knowledge production with its own pedagogies and peculiar organizations. The field insertion method take inspiration from the participant observation technique. I followed a group from the outskirts of Curitiba, using my own body as an instrument through which I seek to achieve cognitions, relationships and organizations developed throughout training, parties and battles. Considering dance as knowledge and dancers as an intellectuality that constitutes their worldview, this study included the analysis of a periphery understanding it as a network of cultural relations, based on the diversity and heterogeneity of access to goods and services. The final considerations for this text are that breaking is a form of popular knowledge production, black and Latin, urban and peripheral, based both on the response to the oppressive structural conditions of the present, and on the connection with ancestries. This results in a method of group organization and movement production that is counter-hegemonic, as it is collective and advocates the protagonism and autonomy of those who dance, in addition to privileging personality as a constituent of movement identity.
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- Teses [111]