TREINAMENTO RESISTIDO MELHORA MEMÓRIA DE IDOSOS
Data
2020-07-31Autor
BEATRIZ ANTUNES GIUSTI FURTADO
JONI MARCIO DE FARIAS
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Mostrar registro completoResumo
Introdução: Compreender o processo de envelhecimento e os novos paradigmas de longevidade, caracterizado pela expectativa de vida é fundamental e estratégicos nos dias atuais por todos os profissionais da área da saúde, em especial em saúde pública. O estilo de vida tem sido apontado pela comunidade científica como um dos fatores determinantes para aumentar a quantidade de anos de vida e a qualidade desta. A atividade física durante a vida é um dos fortes fatores para o envelhecimento saudável auxiliando no declínio natural do organismo. Os exercícios físicos tem sido indicados como tratamentos não medicamentosos auxiliares que podem prevenir ou atenuar o envelhecimento e doenças em geral. Objetivos: O objetivo da pesquisa é avaliar a eficácia dos exercícios resistidos na melhora da saúde mental e psicológica de idosos saudáveis. Métodos e Materiais: O modelo de pesquisa foi um ensaio clínico não randomizado, com 20 idosos, média de idade de 64,9+3,15 anos, residentes em Criciúma, pertencentes a AFASC. Foram avaliados o estado mental e psicológico, por meio de testes Beck de depressão, Beck ansiedade, Bateria de breve rastreio cognitivo, Mini-mental (MEEM), teste de fluência verbal (FV) e teste do desenho do relógio (TDR). Os idosos realizaram 27 sessões de treinamento resistido. Os dados foram analisados pelo software IBM (SPSS) versão 21.0. As variáveis quantitativas foram expressas por meio de desvio padrão, mediana e amplitude interquartil com nível de significância α = 0,05, confiança de 95%. Para outras análises estatísticas foram utilizados os testes Shapiro-Wilk, teste de Levene, t de Student, U de Mann-Whitney, T de Wilcoxon e McNemar. Resultados: As análises mostraram que o treinamento resistido melhorou significativamente a memória tardia com médias pré/pós 7,53±1,13/8,40±1,59 e p≤0,048 e TDR (compreensão verbal, função executiva, habilidade visuoespacial) medianas pré/pós 1,00 (0,00-2,00)/1,00 (0,00-3,00) e valor de p≤0,014, as demais variáveis foram mantidas com a intervenção (MEEM 25,67±2,72/26,53±2,36, memória 9,47±0,92/9,87±0,52, FV 12,87±3,36/ 13,67±3,11, Beck depressão 10,00/8,00 e ansiedade 7,00/7,00), não havendo piora. Conclusões: A prática regular de treinamento resistido pode melhorar as funções cognitivas (memória, atenção, linguagem), executivas (raciocínio para execução de tarefas) e memória tardia (de longo prazo), habilidades relevantes para independência deste público, atuando também na manutenção do estado mental, FV e na preservação dos estados psicológicos de idosos saudáveis. Assim sendo, o exercício resistido bem orientado por profissionais de educação física podem ser considerados como uma boa estratégia a ser utilizada nos serviços públicos de saúde de forma eficiente e não medicamentosa, contribuindo para melhoria da saúde e qualidade de vida da população idosa.