EVENTO 1° INTERCAPS LITORAL: FORTALECENDO A REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO LITORAL DO PARANÁ
Data
2020-07-31Autor
ZELAYDE FIGUEIREDO GOMES
MARIANA FERREIRA GARCIA FALCÃO
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: O presente trabalho relata o 1° InterCAPS Litoral, um evento idealizado e promovido pelo Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Guaratuba/PR. No dia 18 de outubro de 2019, com a participação de toda a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do litoral paranaense: profissionais, usuários do serviço de saúde mental, familiares e comunidade em geral interagiram e puderam conhecer um pouco mais sobre os serviços de saúde mental. Objetivo: Relatar o projeto do evento como fomento para que a saúde mental e seus serviços se fortaleçam na sociedade, de forma ampla e democrática, principalmente com a participação do usuário. Metodologia: De forma descritiva-exploratória no formato de relato de experiência, a ideia é compartilhar práticas que tanto promovam, fortaleçam e integrem a rede de saúde mental em qualquer município ou região, como também enfatizem o protagonismo do usuário de saúde e a população local. Resultados: Durante um dia de evento, foram realizadas apresentações culturais, organizadas pelos CAPS do litoral e apresentadas pelos usuários do serviço, além de palestras e exposição de serviços e produtos feitos pelos próprios pacientes nas oficinas terapêuticas. Esse encontro foi de grande valia para região, onde foi possível, divulgar a importância dos serviços oferecidos pelos CAPS, capacitar a RAPS do litoral paranaense e principalmente proporcionar momentos de integração e socialização entre profissionais e usuários do serviço. Foram 230 participantes, sendo que dos setes municípios convidados, dois não possuem CAPS, e consequentemente não houve representação formal no evento, participando apenas como ouvintes. Dos outros cinco municípios participantes, dois não conseguiram se organizar para participar ativamente e não conseguiram envolver seus usuários. Considerações Finais: Dos dois municípios que não participaram do evento, acredita-se que o fato de não possuírem CAPS em seu território, ou seja, um órgão centralizador da saúde mental, evidenciou assim a falta de referência, especificidade, bem como militância dessa área da saúde. Portanto, fica evidente a importância de um equipamento de referência em saúde mental nesses municípios, além do fortalecimento da RAPS. Eventos e espaços de discussões abertas e gratuitas ao público para divulgar, informar e até formar opinião crítica da população são iniciativas raras e que demandam mais do que o trabalho cotidiano. O profissional do Sistema Único de Saúde tem a obrigação de atender o usuário e a população em geral, mais que isso, tem o dever ético de propor ações de prevenção, divulgação de informação, direitos e de acessibilidade a todos, em um grande centro urbano, na área rural ou no litoral, com ampla participação social.