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dc.contributor.authorERIKA GONÇALVES AMBROSIO
dc.contributor.authorJOÃO BATISTA DE OLIVEIRA FERREIRA
dc.creatorUniversidade Federal do Rio de Janeiro
dc.date.accessioned2024-10-28T18:43:27Z
dc.date.available2024-10-28T18:43:27Z
dc.date.issued2020-07-31
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/90911
dc.description.abstractIntrodução: a atuação de psicólogos na Atenção Básica (AB) do SUS envolve, sobretudo, a inserção desses profissionais em equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), com a finalidade de ampliar a abrangência e resolubilidade da AB. Objetivo: este estudo busca descrever as vivências de sofrimentos relatadas por psicólogas que compõem equipes NASF no município do Rio de Janeiro. Método: realizamos entrevistas semiestruturadas com sete psicólogas, uma de cada equipe NASF. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas por meio da Análise do Núcleo de Sentido. Resultados: as participantes apontam a prática profissional em unidades de Saúde onde houve redução das equipes de Saúde da Família (eSF), sem a reconfiguração da cobertura territorial, o que implica em eSF com número de cadastros acima dos valores regulamentados. Além das dificuldades para realizar apoio matricial junto a esse grande quantitativo populacional, uma das equipes NASF está vinculada à dez eSF, o que também extrapola as normativas nacionais. Diante desse cenário de sobrecarga, os relatos apontam para trabalhadoras em processo de adoecimento, cujos sinais mais comuns são: aumento na frequência de adoecimentos e do nível de estresse, alterações do sono, fadiga intensa e falta de motivação para atividades rotineiras. Em dois casos, as psicólogas foram afastadas do trabalho para realizarem tratamento de doenças relacionadas ao trabalho. As participantes expressam, ainda, que a organização do processo de trabalho é cada vez mais semelhante ao da atenção secundária. Isso significa o aumento expressivo dos atendimentos específicos individuais, em detrimento do trabalho interprofissional e integrado e a manutenção de casos moderados na AB. Essa organização do trabalho dificulta a adequada coordenação da rede de Saúde e a efetivação da integralidade do cuidado, atributos da AB. Os principais resultados relacionam o sofrimento ao vínculo empregatício terceirizado, dado que a maioria das participantes é contratada por uma Organização Social. Tal vínculo, tido como instável e frágil, aumenta a ocorrência de condições de trabalho deterioradas, em que são comuns atrasos salariais, práticas de assédio moral e demissões em massa. Conclusão: é importante considerar que as vivências de sofrimento relatadas foram associadas à conjuntura de desmonte da política de Saúde e às suas consequências na organização dos trabalhadores. Os vínculos precarizados e os parâmetros que extrapolam as normativas do Ministério da Saúde são prejudiciais ao processo de trabalho, à saúde das trabalhadoras e ao planejamento em saúde. Além disso, têm efeitos deletérios na capacidade de organização, resistência e enfrentamento dos trabalhadores diante de graves violações contratuais. Tal contexto ainda fragiliza o acesso dos usuários à Saúde, com prejuízos graves no seu acompanhamento longitudinal e na qualidade de assistência ofertada.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofII Congresso de Saúde Coletiva da UFPR
dc.subjectAtenção Primária à Saúde
dc.subjectTrabalhadores da Saúde
dc.subjectPsicologia
dc.subjectSaúde do Trabalhador;
dc.titleVIVÊNCIAS DE SOFRIMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA: O CONTEXTO DE TRABALHO DE PSICÓLOGAS EM EQUIPES NASF NO RIO DE JANEIRO
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs4376


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