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dc.contributor.authorCARLA DANIELE STRAUB
dc.contributor.authorAMANDA DA COSTA
dc.contributor.authorROBSON DE OLIVEIRA
dc.contributor.authorISABELLA ANDREOLA AUGUSTO
dc.creatorUFPR
dc.date.accessioned2024-10-28T18:43:17Z
dc.date.available2024-10-28T18:43:17Z
dc.date.issued2020-07-31
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/90874
dc.description.abstractIntrodução O Resumo apresentado é resultado de estudos e reflexões desenvolvidos no âmbito do PET – Interprofissionalidade – Grupo 1, que desde a declaração do estado de pandemia tem se debruçado em diferentes frentes de atuação no combate a COVID-19. Embora o termo “isolamento social” seja amplamente difundido entre as estratégias de combate à COVID-19, o termo mais apropriado é “distanciamento físico”, que reserva o termo “isolamento” para a restrição ou supressão de contatos interpessoais com indivíduos potencialmente infectados, expostos ou com suspeita de contaminação. O distanciamento físico como estratégia mais efetiva para o achatamento da curva de contágio e impedimento do colapso do Sistema Único de Saúde foi inviabilizado para segmentos gigantescos da classe trabalhadora em virtude de três componentes centrais: desigualdade social, desprezo das classes privilegiadas pelos mais vulneráveis e, por fim, ações e omissões diversas do governo. Objetivo Problematizar as condições objetivas concretas de segmentos mais pauperizados da classe trabalhadora de realizarem o distanciamento físico em um país profundamente desigual, com uma burguesia herdeira de práticas escravocratas e as ações e omissões por parte do governo na gestão da pandemia da COVID-19. Material e Método O material utilizado nesse resumo é oriundo de debates propiciados na 1ª temporada de lives do PET- Saúde sobre a COVID-19, documentos e notícias sobre o tema. O método de pesquisa é inspirado na genealógia legada por Michel Foucault e a metodologia se apoia, principalmente, na pesquisa bibliográfica. Resultados Os resultados apontam que a desigualdade social, o desprezo das elites e as ações e omissões por parte do governo Bolsonaro são os principais fatores para a inviabilização do distanciamento físico para segmentos pauperizados da classe trabalhadora. A desigualdade social comparece não apenas pela péssima distribuição de renda, mas também pelas precárias condições objetivas de vida, com casas sem infraestrutura para a realização do distanciamento físico. Ao mesmo tempo, as práticas legadas pelo passado escravista e colonial de nosso país persistem na forma como as classes privilegiadas conseguem realizar seu isolamento social em virtude da contínua exploração de trabalhadores altamente descartáveis. E, por fim, um governo que procurou diversas formas de dificultar e obstruir o acesso a condições palatáveis para a realização do isolamento social para a classe trabalhadora. Considerações Finais O distanciamento físico, como foi pensado e realizado em nosso país buscou evitar a proliferação dessa doença entre grupos privilegiados, impedindo que a curva colapsasse os equipamentos privados de saúde e, a partir do momento em que essa curva se demonstrou favorável a esse mesmo grupo, o isolamento social tornou-se acessório, um privilégio a qual a classe trabalhadora em sua maior parte não pode contar.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.relation.ispartofII Congresso de Saúde Coletiva da UFPR
dc.subjectCOVID-19
dc.subjectDistanciamento Físico
dc.subjectDesigualdade Social
dc.titleDISTANCIAMENTO FÍSICO COMO INDICATIVO DA DESIGUALDADE NO BRASIL DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
dc.typeArtigo
dc.identifier.ocs4320


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