| dc.description.abstract | A adolescência é um período do desenvolvimento humano que marca o surgimento de diversas alterações físicas, psicológicas e comportamentais, sendo compreendida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) dos 10 até os 19 anos de idade. O início da vida sexual pode acontecer de forma desprotegida, seja por opção ou desinformação, podendo resultar em gravidez. Para além da informação, há diversos aspectos envolvidos como os sociais, econômicos, pessoais, dificuldade de acesso ao serviços de saúde, exercício da sexualidade, desejo pela maternidade e outras diversas diferenças sociais e culturais que perpassam a realidade brasileira. De acordo com o DATASUS (Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde), o percentual de partos de mães com menos de 20 anos de idade no Rio Grande do Sul no período de 2018 era de 12%. O objetivo deste trabalho é identificar a prevalência de gestantes adolescentes participantes do Projeto de extensão Universitária Gestar do Programa Mãe-bebê. Este projeto acontece na Unidade de Saúde Familiar (USF) Kephas no bairro São José na cidade de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul. Sua atuação se dá com gestantes que realizam o pré-natal e as puérperas que realizam a revisão pós-parto na USF, seus familiares e equipe de saúde, a fim de promover a saúde da mulher na gestação e puerpério, contribuindo para a melhora da qualidade de vida. Trata-se de um estudo observacional descritivo documental. Os dados foram coletados através da plataforma virtual de informação do Programa Mãe Bebê. Foram analisados os cadastros das participantes de 2019. Constatou-se que no ano de 2019 houve 92 gestantes participantes do projeto sendo que destas, 16 eram menores de 19 anos. As gestantes adolescentes representaram 17,39% do total de gestantes acompanhadas pelo projeto Mãe Bebê durante o período gestacional no ano de 2019. Dessa forma, foi possível identificar a prevalência de adolescentes pertencentes do projeto e constatar um maior índice se comparado ao percentil do Estado no ano de 2018. Ressalta-se a necessidade de promover um acompanhamento da gestação na adolescência de forma mais sensível e diferenciada devido a essa faixa etária ser mais vulnerável por suas próprias características de desenvolvimento. | |
