LEVANTAMENTO DE CASOS DE SARAMPO NO DISTRITO SANITÁRIO DO PORTÃO DA CIDADE DE CURITIBA

Abstract

Introdução: O Sarampo é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus pertencente à família Paramyxoviridae. Altamente contagiosa e potencialmente fatal, a doença faz parte do grupo das exantemáticas, em que manifestações cutâneas em todo o corpo, especialmente em face e tronco, acompanham o quadro clínico de febre, coriza, tosse, dor retro-ocular, artralgia e conjuntivite. O diagnóstico é feito clinicamente e com testes laboratoriais. Entre as complicações, tem-se a pneumonia, encefalite aguda e a otite média aguda. Não existe tratamento específico contra o vírus e a vacinação é a única forma de proteção, por meio da Dupla Viral (DV), Tríplice Viral (VTV) e a Tetravalente (SCR-V). No entanto, uma só dose não é suficiente para a imunização, sendo necessário seguir o esquema de vacinação adequadamente. Objetivo: realizar um levantamento dos casos de sarampo no Distrito do Portão em Curitiba-PR e investigar os fatores que possam ter desencadeado o retorno da doença após 10 anos sem notificações. Material e Método: Pesquisa qualitativa. Uma análise documental, a partir de formulários de notificação compulsórias das doenças transmissíveis no sistema de informação de agravos (SINAN). Selecionaram-se dados epidemiológicos de Agosto a Novembro de 2019. Resultados: Foram analisadas 140​ notificações, destas, 60% eram de pacientes homens e 40% mulheres, 59,28% foram descartadas e 40,71% confirmadas; a faixa etária predominante da doença foi de 18 a 22 anos e os meses com mais casos confirmados da doença foram Setembro e Novembro, 49,12% não tinham nenhuma dose de vacina e 61,4% tinham apenas uma dose, necessitando a realização do bloqueio vacinal ou dose reforço. Dos 40,71% confirmados, apenas um necessitou de internação. Os sintomas predominantes nos pacientes além do exantema e a febre, foram a tosse, coriza e artralgia/artrite. A faixa etária predominante, nos 59,28% descartados, foi de 16 a 36 anos. Conclusão: A partir da busca realizada, observou-se que em 100% das notificações o esquema de vacinação não estava completo, onde os pacientes ou não tinham nem SCR-V nem VTV ou apenas uma dose, o que não é suficiente para a imunização, sendo um fator importante para o reaparecimento da doença. Novos estudos devem ser realizados para compreender, a supracitada, ausência de vacinação mesmo integrando-se como parte do Programa Nacional de Imunização.