SITUAÇÃO VACINAL DE CALOUROS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ (UFPR) DO PERÍODO DE 2017 A 2020
Data
2020-07-31Autor
MARIA LUIZA DOS SANTOS
KARIN REGINA LUHM
EMANUELI CRISTINI SOUZA DA COSTA
MARIANA DINO MARQUETTI
TACIANA MARIA ROLIM SAMPAIO OLIVEIRA
BEATRIZ MOREIRA DE CASTILHO
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Mostrar registro completoResumo
Introdução: O projeto “Prevenção de doenças imunopreveníveis em discentes dos cursos de graduação da área de saúde da UFPR” tem como objetivo avaliar e orientar alunos da área da saúde quanto ao esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde a esses profissionais. É necessário auxiliar os graduandos a regulamentar o calendário vacinal pois são considerados um grupo vulnerável aos riscos biológicos da área médica. Isso porque apesar de realizarem atividades semelhantes à prática profissional os estudantes ficam mais expostos pela falta de experiência e de conhecimento das técnicas de biossegurança.
Objetivo: Avaliar a adesão ao projeto e a situação vacinal dos calouros de medicina que ingressaram no curso entre o 1º semestre de 2017 e de 2020.
Metodologia: Trata-se de análise da adesão e da situação vacinal dos discentes que após participarem de reunião de sensibilização, enviaram cópia da carteira de vacinação ao email do projeto, e depois da avaliação, receberam via email orientações individuais para adequação do esquema vacinal. As informações coletadas foram inseridas em planilha com os dados absolutos e percentuais sobre a presença e a quantidade de doses das vacinas: hepatite B, dupla adulto (dT), tríplice viral , febre amarela e varicela, além de verificar a realização da sorologia Anti-HBs e de histórico de varicela.
Resultados: Foram avaliadas sete turmas totalizando 680 alunos abordados, dos quais 451 (70,1%) enviaram os dados solicitados e 11(1,6%) relataram a perda da carteira . A adesão variou de 67% no 1° semestre de 2017, para 88,2% no 1° semestre de 2020, mostrando elevação após a participação da coordenação do curso na solicitação das carteirinhas na matrícula. Dos alunos que enviaram a carteira, 47,8% estavam com o esquema completo para a tríplice viral, dupla adulto e hepatite B, vacinas indicadas para a população adulta (62% para tríplice viral, 68% para difteria e tétano e 91% para hepatite B). O Anti-HBs, indicado para estudantes e profissionais de saúde para avaliar a resposta da vacina hepatite B, foi realizado por 4% dos alunos. Considerando a introdução da vacina de febre amarela em julho de 2018 na rotina do município de Curitiba observou-se que a proporção de vacinados cresceu de 46% no 1º semestre de 2017 para 75,6% no 1º semestre de 2020. Quanto à varicela, proteção indicada no adulto para profissionais de saúde, 276 (62%) alunos estavam imunes à doença através da vacinação ou porque já tiveram a doença.
Conclusões: Observou-se que os calouros ingressam no curso com o esquema vacinal incompleto tanto para as vacinas indicadas para a população adulta quanto para procedimentos específicos para o profissional de saúde sendo essencial a orientação para a adequação visto o maior risco de exposição à doenças infectocontagiosas e de transmissão a pacientes. A participação dos setores formais da universidade constitui-se ponto importante para a maior adesão dos alunos.