DESCRIÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO SURTO DE SARAMPO NO ESTADO DO PARANÁ, 2019-2020

Abstract

Introdução: O Sarampo é uma infecção viral, aguda, altamente contagiosa, transmitida por via aérea, ¨aerossóis¨, através da fala, espirro, tosse e respiração. Pode acometer todas as faixas etárias suscetíveis, tendo maior gravidade nos extremos de idade. O vírus do Sarampo pode levar a complicações como, encefalite, meningite e pneumonia. Após vinte anos sem registro de casos confirmados de Sarampo no Estado do Paraná, houve a confirmação do primeiro caso em Campina Grande do Sul na SE 31/2019. O Brasil perdeu o certificado de eliminação do sarampo concedida pela Organização Panamericana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (OPAS/OMS) em 2016 devido ao surgimento de surtos no país a partir de 2018. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico do surto de sarampo em curso no Estado do Paraná (SE 31/2019 a SE 24/2020), segundo a faixa etária. Material e Métodos: Trata-se de um estudo analítico e quantitativo, mediante análise do banco de notificação SINANNET, e como unidade de análise os casos de sarampo confirmados no Estado do Paraná neste período. Resultados: De acordo com a análise dos dados durante este surto de sarampo a faixa etária mais acometida é a de 20 a 29 anos com 675 casos confirmados, seguida das faixas etárias de 10 a 19 anos – 299 casos, 30 a 49 anos – 165 casos, 40 a 49 anos – 48 casos, 6<12 meses – 26 casos, 1 a 4 anos – 22 casos, 0<6 meses – 19 casos, 5 a 9 anos – 6 casos e ≥60 anos – 1 caso. Neste surto, a concentração de casos confirmados se dá no grupo dos adultos jovens pela presença de indivíduos suscetíveis à doença não vacinados ou com esquema vacinal incompleto. A cobertura vacinal está abaixo do preconizado pelo Ministério da Saúde, favorecendo a re-emergência da doença no Estado. Conclusão: Os casos de sarampo analisados no período de 2019 a 2020 evidenciam um indicador importante para a vigilância e monitoramento da situação epidemiológica do sarampo, devendo-se manter altas coberturas vacinais sendo que a imunização é a única forma de prevenção no controle da doença.