CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE INTOXICAÇÕES EXÓGENAS EM ADOLESCENTES NO ESTADO DO PARANÁ
Data
2020-07-31Autor
ROSIMARA OLIVEIRA QUEIROZ
KELLY ELAINE DE SOUSA
LAURA AKEMI STORER MAKITA
HERBERT LEOPOLDO DE FREITAS GÓES
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Mostrar registro completoResumo
Introdução: A intoxicação exógena é caracterizada por conjunto de resultados negativos representados pelas manifestações clínicas de agentes tóxicos. Objetivo: Caracterizar os casos de intoxicação exógena em adolescentes. Método: Estudo epidemiológico, descritivo, com abordagem quantitativa, que investigou as notificações de intoxicação exógena em adolescentes no Paraná, no período de 2008 a 2017. Os dados das notificações foram coletados através de consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no DATASUS. Foram selecionadas adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos, de acordo com classificação do Ministério da Saúde. Após a coleta, os dados foram tabulados e organizados por meio do Programa Microsoft Excel 2016, e posteriormente analisados e discutidos, com auxílio da estatística descritiva. O estudo dispensou aprovação ética por utilizar-se exclusivamente de dados de domínio público. Resultado: Foram identificadas 16742 notificações de acidentes com intoxicação exógena no período estabelecido, O período foi então dividido em dois quinquênios (2008-2012 e 2013-2017), destacando-se o quinquênio 2013 a 2017, que respondeu por 58,28% dos casos. A caracterização da população indicou prevalência da faixa etária de 15 a 19 anos (74,50%), sexo feminino (67,72%), e raça/cor branca (70,31%). O agente tóxico prevalente foram os medicamentos (57,06%). Em sua maioria, a circunstância foi tentativa de suicídio (60,84%), a exposição foi única e aguda (80,96%), os casos foram classificados como intoxicação confirmada (74,27%). A evolução dos casos foi de cura sem sequelas (70,72%), entretanto 79(0,47%) adolescentes foram a óbito. Conclusão: Evidenciou-se um expressivo quantitativo de notificações de casos intoxicação exógena em adolescentes, apesar de constatar-se majoritariamente a evolução dos casos em cura sem sequelas, chama atenção para os óbitos e o expressivo quantitativo de tentativa de suicídio, o que implica em refletir sobre a importância de ações educativas voltadas para a adolescência, e o fortalecimento dos programas e políticas sobre o tema já existentes.