ASPECTOS ASSOCIADOS AOS TRANSTORNOS MENTAIS COMUNS NO PÚBLICO MASCULINO
Data
2020-07-31Autor
JOÃO VICTOR MANÇO RESENDE
FELIPE DOS SANTOS COSTA
JORGE LUIZ LIMA DA SILVA
ANA LUÍSA DE OLIVEIRA LIMA
FERNANDA KAROLINNE RAMPE DE OLIVEIRA
GIULIA LEMOS DE ALMEIDA
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: com relação ao público masculino, percebem-se inúmeras tentativas de explicar a relação desses indivíduos com o serviço de saúde, como por exemplo, características psicológicas e culturais da masculinidade e a estrutura dos serviços de saúde, ainda estranhas a esse grupo. Objetivo: investigar aspectos relacionados a determinantes sociais de saúde e sua possível relação com TMC. Material e Método: trata-se de estudo de revisão integrativa da literatura, realizado no período de dezembro de 2019 a janeiro de 2020. Para fins deste estudo, foram seguidas as recomendações dos Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análise — PRISMA)15. A questão norteadora para este estudo foi: quais as associações entre determinantes de saúde e TMC, descritas em literatura? Resultados: foram consideradas associações estatisticamente válidas (p≤ 0,05). A partir disso, foram selecionadas 22 obras, nacionais e internacionais. Observou-se maior quantidade e potencial risco para associação de variáveis relacionadas aos hábitos de vida e de saúde dos homens pesquisados com o desfecho estudado. Discussão: percebeu-se a necessidade de que o discurso das políticas de saúde voltado ao público masculino se efetive no campo prático e que se busquem ações de saúde que deem visibilidade para questões como os determinantes de saúde, promoção da saúde mental do público masculino. É necessária articulação intersetorial entre diferentes políticas e pontos de atenção nas redes de saúde para que o homem latino-americano seja reconhecido socialmente como cidadão a partir de suas especificidades, de seu contexto histórico e social. Reitera-se ainda que dados de morbimortalidade, quando deslocados dos marcadores sociais que produzem hierarquias de masculinidades, são insuficientes para explicar os processos de vulnerabilidade e adoecimento dos homens, no planejamento de políticas públicas. Conclusão: é necessário o reconhecimento dos transtornos mentais comuns como importante problema de saúde para os homens, no campo da saúde coletiva. Muitas das ações necessárias para enfrentamento dessa questão incluem a melhoria da qualidade de vida desses sujeitos, a participação de outros setores além do da saúde, e da sociedade civil.